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Sergio Moro veta 'visitas fora do padrão' a Lula na sede da PF

Sergio Moro veta "visitas fora do padrão" a Lula na sede da PF

Medida, segundo juiz, é para "não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública"

Publicado em 10 de abril de 2018 às 13:47

Uma “cela” especial, espécie de sala de Estado-Maior, e uma televisão são os únicos benefícios concedidos a Luiz Inácio Lula da Silva, pelo juiz federal Sérgio Moro, em relação aos demais presos encarcerados na custódia da Polícia Federal em Curitiba. Titular da Operação Lava Jato e responsável por condenar o ex-presidente, o magistrado vetou outros “privilégios”.

O juiz federal Sergio Moro durante palestra em evento em Nova York Crédito: Reprodução

Preso no sábado, Lula entrou nesta terça-feira (10) no terceiro dia no cárcere para o cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso apartamento triplex no Guarujá (SP).

Visitações fora do padrão, banhos de sol diferenciado, qualquer outro privilégio ao petista estão vetados.

O limite a benefícios está observado por Moro na Ficha Individual N.º 700004553820, de execução provisória da pena de Lula. O documento enviado para a 12.ª Vara Federal de Curitiba, abriu nesta segunda-feira (09) o processo da execução penal.

“Além do recolhimento em Sala do Estado Maior, foi autorizado pelo juiz a disponibilização de um aparelho de televisão para o condenado”, escreve Moro, nas “Observações” do item “Penas aplicadas até o momento” do documento.

“Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal”, diz Moro.

Os outros 20 presos comuns, que estão na Custódia da PF – no segundo piso do prédio, isolado da sala de Estado-Maior de Lula -, entre eles o ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, o ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, não têm direito a visitas de advogados nos domingos, nem banheiro privativo e recebem visitas apenas dos advogados defensores no processo.

A medida, segundo Moro, é para “não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública”. A sede da PF, no bairro Santa Cândida,a em Curitiba, está sitiado desde a chegada do petista e dos manifestantes. Na noite de sábado, quando Lula foi preso, as três ruas de acesso foram bloqueadas pela Polícia Militar, que permanece no local com o Batalhão de Choque para impedir protestos, depredações e acampamentos de manifestantes.

O jornal "O Estado de S. Paulo" apurou que a Lula foi dado o direito de receber visitas de advogados a qualquer dia da semana – menos sábados, domingos e feriados – e de familiares, uma vez por semana, como ocorre com os demais encarcerados da PF. Nada mais.

Advogados que não são defensores e não têm procuração no caso não têm direito a visitação.

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