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Saiba como votaram deputados do ES na MP de aumento de impostos

Saiba como votaram deputados do ES na MP de aumento de impostos

Proposta do governo visava aumento da arrecadação, mas bancada capixaba na Câmara Federal ficou dividida; confira a votação de cada parlamentar

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 22:00

Deputados federais do ES
Toda a bancada capixaba estava presente à sessão na Câmara Federal nesta quarta-feira (8) Crédito: Montagem/AG

A bancada capixaba ficou dividida durante sessão nesta quarta-feira (8) quando a Câmara Federal decidiu enterrar a medida provisória (MP) que previa o aumento de impostos e, consequentemente, ampliar a arrecadação para os cofres públicos. Um requerimento de retirada de pauta foi aprovado por 251 votos, dos quais cinco foram de deputados do Espírito Santo. A votação ocorreu no último dia de vigência da MP, que agora perderá validade.

Na lista dos que aprovaram a retirada estão:

  • Amaro Neto (Republicanos)
  • Da Vitória (PP)
  • Evair de Melo (PP)
  • Gilvan da Federal (PL)
  • Messias Donato (Republicanos)

Outros 193 deputados se manifestaram contra o fim dos atos previstos na MP, entre os quais estavam os seguintes parlamentares do Espírito Santo:

  • Dr. Victor Linhalis (Podemos)
  • Gilson Daniel (Podemos)
  • Helder Salomão (PT)
  • Jack Rocha (PT)
  • Paulo Folletto (PSB)

Segundo técnicos da área econômica, a derrubada da MP deve causar um bloqueio nas despesas de 2025, incluindo emendas parlamentares, e abrir um impasse de R$ 35 bilhões no PLOA (projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026. Para governistas, esse era justamente o objetivo de partidos do centrão e da bancada ruralista: restringir o espaço fiscal de Lula no ano em que ele deve buscar a reeleição.

A derrota veio mesmo após o governo fazer uma série de concessões na tentativa de ampliar o apoio à medida, o que incluiu poupar as bets (casas de apostas) do aumento na tributação proposto inicialmente e manter a isenção sobre rendimentos de títulos imobiliários e do agronegócio.

Apesar desse esforço, a MP foi aprovada por apenas um voto de diferença na comissão mista em sessão nesta terça-feira (7). O placar de 13 a 12 acendeu um alerta no governo, que passou a entender a rejeição dos parlamentares não mais como uma questão de mérito, mas sim política.

Horas antes de a MP ser sentenciada às gavetas do Congresso, o relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), reconheceu o risco de derrubada do texto e atribuiu esse desfecho a uma disputa eleitoral antecipada capitaneada por partidos do centrão e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tido como o nome favorito da oposição para enfrentar Lula na corrida presidencial.

Como reação, os governistas partiram para a disputa política junto à opinião pública, sob o argumento de que a derrota imposta pelo Congresso vai deflagrar cortes de outros gastos e projetos sociais.

Antes da votação, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) criticou a tentativa do Congresso de restringir as contas do Executivo.

"É o mesmo movimento que foi feito em 2022, com sinal trocado. Em 2022, o governo [do ex-presidente Jair Bolsonaro] usou o Congresso para liberar geral o Orçamento, dar calote num, não pagar o outro e assim por diante, para, na farra de gasto que foi feita em 2022, ter vantagens eleitorais. Isso não se confirmou. Porque a população percebe essas coisas. Agora, querer restringir o orçamento para prejudicar o governo, não vai acontecer, vai prejudicar o Brasil", disse.

A previsão inicial do governo era arrecadar R$ 20,9 bilhões em receitas extras com a medida em 2026, previsão que já havia caído a R$ 17 bilhões com as mudanças feitas por Zarattini.

Com informações da Folhapress

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