Publicado em 14 de maio de 2020 às 20:11
A reunião que apresentaria a proposta de cortes a serem feitos por todos os Poderes do Espírito Santo para equilibrar o caixa do Estado, que ocorreria nesta quinta-feira (14), foi desmarcada pelo governo e ainda não tem nova data para acontecer. >
Os chefes da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), do Ministério Público Estadual (MPES), do Tribunal de Contas do Estado (TCES) e da Defensoria Pública se comprometeram com o governador Renato Casagrande (PSB), nas últimas duas semanas, a adotar novas medidas de contenção de despesas para compensar a queda de arrecadação sofrida pelo Estado durante a pandemia do coronavírus e por conta da crise do petróleo. >
No entanto, segundo a assessoria do governo, alguns Poderes ainda estão solicitando dados e informações para fazer as novas projeções e, por conta disso, a reunião só será realizada quando todos tiverem as conclusões firmadas.>
Na reunião anterior, os Poderes afirmaram que desde o início da pandemia já têm adotado medidas de contenção de gastos e já estavam em dificuldade para propor novos cortes. Mesmo assim, o pacto fechado no encontro era de que cada um iria reduzir mais as despesas. A ideia inicial seria de que os cortes estivessem no patamar dos R$ 3,4 bilhões que o Estado vai deixar de arrecadar em 2020. >
>
Outro fator que pode impactar as contas é o projeto de ajuda financeira da União aos Estados e municípios, que aguarda sanção presidencial, e prevê um repasse de R$ 712 milhões ao Espírito Santo pela perda de ICMS, e R$ 161 milhões para investimentos em saúde. O texto também congela os salários de servidores e proíbe novas contratações.>
Até o momento, as instituições do Espírito Santo afirmaram que estão finalizando seus estudos sobre os cortes. O governo do Estado declarou que as medidas a serem aplicadas pelo Poder Executivo estão sendo ajustadas. >
A Assembleia Legislativa também afirmou, por meio da assessoria, que já realizou cortes em seu orçamento e outras ações que representaram economia, mas que aguarda as próximas reuniões para definir outras medidas. >
O Tribunal de Contas afirmou que estará apto a apresentar seu relatório em qualquer data que seja marcada a reunião. >
A Defensoria Pública do Estado, por sua vez, disse que novas medidas vão depender do que for apresentado pelo Poder Executivo em futuras reuniões, tendo a definição do valor da ajuda recebida do governo federal e do percentual concreto da queda de arrecadação. >
"A partir desta apresentação, a Defensoria Pública vai analisar a possibilidade de outros cortes de despesas sem prejudicar a qualidade dos serviços, pois dentro do orçamento do Estado a instituição é a que tem o menor orçamento e as menores despesas", afirmou em nota.>
O Tribunal de Justiça e o Ministério Público Estadual não deram retorno à reportagem. O TJES já alterou, por meio de lei aprovada pela Assembleia e sancionada pelo governador, critérios de promoção de servidores, tornando a progressão mais gradual, e baixou um ato prevendo revisão de contratos de aluguel e suspensão de diárias. O MPES editou medidas como corte de diárias, horas extras e gratificações. Mas não foi divulgado quanto, em valores, seria economizado com isso.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta