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Publicado em 12 de novembro de 2024 às 14:18
Os prefeitos reeleitos de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos); Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos); e Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), contaram com os feitos do primeiro mandato para convencer os eleitores a optarem pela continuidade da administração, mas não só com isso. Os mandatários também investiram recursos milionários nas respectivas campanhas eleitorais para fazer circular materiais físicos e digitais, jingles, propagandas e também contratar equipes de marketing, transportes e outros serviços necessários para alcançar o comando dos municípios. >
Mas quanto, exatamente, custa se reeleger na Grande Vitória? Para responder a essa pergunta, A Gazeta consultou as despesas totais de cada prefeito reeleito no dia 6 de outubro, primeiro turno do pleito — quando os três saíram vitoriosos da disputa eleitoral —, e o total de votos recebidos por eles neste ano e também na eleição municipal de 2020, quando conquistaram o primeiro mandato. Em seguida, foi calculado o valor de cada voto recebido, a partir da divisão dos gastos pela quantidade de votos, nos dois pleitos. >
Os dados utilizados pela reportagem são parciais e foram extraídos em 29 de outubro — as campanhas encerradas no primeiro turno têm até 5 de novembro para encaminhar a prestação de contas definitiva à Justiça Eleitoral. Para as campanhas de segundo turno, o prazo vai até 19 de novembro.>
Nos três casos, os chefes dos Executivos municipais investiram um valor maior nas campanhas de 2024, em relação às de 2020. Juntos, os valores totais das despesas somam quase R$ 6 milhões — R$ 2,3 milhões a mais do que a quantia gasta nas eleições anteriores. A diferença entre o valor de cada voto neste ano e naquele indica quanto, a mais, foi preciso gastar para garantir a reeleição.>
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Vila Velha>
Arnaldinho Borgo foi o que mais aumentou os investimentos na campanha eleitoral: R$ 1.763.719,59 a mais neste ano. Em 2020, gastou R$ 456,4 mil e recebeu 138.741 votos no segundo turno da eleição; já em 2024, as despesas somam mais de R$ 2,2 milhões, e os votos, 193.451. O valor de cada voto recebido passou de R$ 3,28 para R$ 11,47, e os 54.710 eleitores a mais resultaram na vitória do prefeito com 79,04% dos votos válidos.>
Vitória>
Para seguir à frente da Capital do Estado, Pazolini gastou R$ 2.598.836,33, cerca de R$ 107 mil a mais do que em 2020, quando as despesas somaram R$ 2.491.703,85. Há quatro anos, o prefeito de Vitória foi escolhido por 102.466 eleitores e, neste pleito, conquistou mais 3.133, somando 105.599 (56,22%). Cada um dos votos recebidos neste ano custou apenas R$ 0,30 a mais do que em 2020, totalizando R$ 24,61.>
Cariacica>
Já Euclério Sampaio aumentou o investimento na campanha e os votos recebidos, mas o valor por cada voto permaneceu quase o mesmo: neste ano, foram gastos R$ 0,09 a mais do que em 2020, totalizando R$ 6,08. Os eleitores que escolheram o emedebista somaram 95.356 no último pleito e, neste, 168.771 (88,41%) — 73.415 a mais. Já aos recursos, foram somados R$ 454.988, resultando na quantia de pouco mais de R$ 1 milhão gasto. Em 2020, as despesas totalizaram quase R$ 572 mil.>
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