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Queiroz recebeu auxílio irregular e teve que devolver R$ 16,8 mil

Queiroz recebeu auxílio irregular e teve que devolver R$ 16,8 mil

Ex-assessor obteve recursos para a filha, que trabalhava no gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL)

Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 19:27

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O ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, foi obrigado a devolver R$ 16,8 mil para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), após ter sido alvo de um processo administrativo da instituição. (Reprodução | SBT)

O ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício Queiroz, foi obrigado a devolver R$ 16,8 mil para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), após ter sido alvo de um processo administrativo da instituição. Segundo informações do portal G1 , a quantia corresponde a um auxílio-educação irregular que ele pleiteou para a filha, Nathália Melo de Queiroz, que estava empregada no gabinete de Flávio e no setor de taquigrafia da Alerj entre 2007 e 2011, enquanto o benefício foi pago. Para ter direito a recebê-lo, ela não poderia exercer qualquer ocupação no mercado de trabalho.

O inquérito instaurado na própria Alerj para averiguar a irregularidade relacionada ao auxílio acabou em 2012. Queiroz assinou um termo de compromisso em que atestava que Nathália cumpria os requisitos para receber a bolsa, o que não era verdade. Ele foi obrigado a ressarcir a Casa com a quantia e escolheu fazer um parcelamento que durou até 2015. Ele alegou ter assinado o documento "na correria", ao renovar o benefício.

Conforme destaca o G1, duas das três renovações irregulares do auxílio foram feitas por Queiroz mesmo após um pente-fino nos benefícios pagos pela casa. A operação foi feita após um escândalo que ficou conhecido como Bolsa Fraude, que terminou com a cassação de dois deputados acusados de fraudar informações prestadas nos processos de concessão de auxílios.

No contexto das fraudes, em 2008, os parlamentares da Alerj decidiram que novas bolsas só seriam concedidas mediante a assinatura de um termo de compromisso dos servidores e funcionários de atestando que os critérios estavam sendo atendidos. Trata-se dos documentos que Queiroz assinou duas vezes para garantir os pagamentos relativos à educação de Nathália.

Na época da varredura nos benefícios, o então assessor do gabinete de Flávio Bolsonaro recebia salário pela categoria CAI-16 (hoje, o valor equivale a R$ 5.486,27) e tinha três filhos inscritos no auxílio-educação. Ele recebia extras de R$ 447 mensais por cada uma delas.

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Procurado pela reportagem do G1, o advogado do ex-assessor parlamentar reiterou a "correria" mencionada por Queiroz como motivo para as renovações irregulares. A defesa também afirmou que a Alerj descontou valores indevidos da conta dele que eram relativos ao pagamento de um programa de previdência que teria sido feito em dobro.

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