Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 17:06
Deflagrada hoje (22), a operação Integração, 48ª fase da Operação Lava-Jato prendeu o atual diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) do Paraná, Nelson Leal Júnior, e mais cinco pessoas.>
A Polícia Federal também cumpriu mandados de prisão referentes ao agente do DER, Oscar Alberto Gayer da Silva, e os empresários Wellington de Melo Volpato, Helio Ogama, Leonardo Guerra e Sandro Antônio de Lima. Os seis vão ficar em prisão temporária por cinco dias. Caso o Ministério Público Federal julgue necessário, ele poderá pedir a prisão preventiva dos envolvidos.>
De acordo com o delegado Igor Romário de Paula, com exceção de Helio Ogama e Leonardo Guerra, presos em Londrina, os outros investigados serão enviados para Curitiba. Todos já foram ouvidos pela Polícia Federal.>
Nesta operação, a Lava-Jato investiga o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos pela concessionária Econorte para a operação de um dos lotes do Anel de Integração, conjunto de rodovias que liga várias cidades do Paraná.>
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Segundo os investigadores, a Econorte teria criado despesas operacionais fictícias para justificar o aumento no valor dos pedágios da rodovia. O sobrepreço dos pedágios foi aprovado por meio de aditivos ao contrato entre o governo do estado e a empresa.>
Parte dos valores obtidos com o aumento das tarifas era repassado para empresas de fachada ligadas aos investigados.>
IMÓVEL PAGO COM DINHEIRO EM ESPÉCIE>
Entre eles, Nelson Leal Junior, responsável por celebrar os termos de aditivos com as empresas envolvidas. O Ministério Público Federal suspeita do enriquecimento injustificado de Leal Júnior durante o período. No período investigado, desde 2013, Leal Junior teria adquirido um imóvel de R$ 2,5 milhões em Balneário Camboriú e cedeu seus direitos a uma empresa representada por ele próprio.>
No Imposto de Renda, no entanto, o diretor do DER não declarou a aquisição do apartamento. Nelson Leal Junior teria pago mais de duas dezenas de boletos de parcelas de R$ 14 mil referentes à aquisição do imóvel com dinheiro em espécie, totalizando cerca de R$ 360 mil.>
Além disso, o diretor-geral teria alugado uma embarcação para o verão de 2017 e adquirido um veículo Mercedes Benz, além de ter recebido diversos depósitos em espécie na sua conta que somaram R$ 474 mil, segundo o Ministério Público Federal.>
"A realização recorrente de transações vultosas em espécie, sem que haja causa econômica para tanto, constitui indício veemente de lavagem de dinheiro", explicou o juiz Sergio Moro no despacho em que determinou a prisão dos envolvidos.>
O GLOBO está procurando as defesas dos envolvidos no processo para esclarecimentos. A defesa de Hélio Ogama afirmou que só irá se manifestar após se familiarizar com as acusações do processo.>
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