Em meio à crise das queimadas na Amazônia, alguns membros do partido Novo, no Rio de Janeiro, contrários à conduta do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo), já requereram sua suspensão da legenda. Lideranças filiadas ao partido no Espírito Santo, no entanto, não veem a necessidade deste tipo de punição e descartam endossar alguma denúncia.
O pedido de suspensão foi feito por Marcelo Trindade, que foi candidato a governador do Rio de Janeiro pelo Novo, e por Ricardo Rangel, que concorreu a deputado federal. Salles também disputou uma vaga na Câmara em 2018, pelo Estado de São Paulo, mas não se elegeu.
O presidente do Partido Novo no Espírito Santo, Ricardo Lima, afirmou que representantes da legenda no Estado não tomarão nenhuma medida. "Ele não está fazendo nada de errado. O partido em Vitória não fará nenhum tipo de representação. O Ministério do Meio Ambiente é uma pasta complicada, que durante muitos anos foi conduzida com uma ideologia de Estado interventor, e hoje está com uma política totalmente diversa. Estamos vivendo um radicalismo dos dois lados", defende.
Ele lembra que em maio deste ano, o Novo aprovou uma resolução que determina a suspensão dos filiados que exercerem cargos de primeiro escalão sem a indicação do partido. É o caso de Salles, mas a resolução tem efeitos apenas posteriores à data em que foi publicada.
CRÍTICAS
Os filiados do Rio de Janeiro que representaram contra o ministro alegam que ele está demitindo profissionais qualificados, desdenhando de dados científicos e revogando políticas públicas sem debate prévio, que seriam condutas divergentes com o que o partido Novo pega na área ambiental.
Empresário e filiado ao Novo, Aridelmo Teixeira também considera que a atual crise na pasta do Meio Ambiente não tem relação com o partido. "O ministro se manifesta em nome próprio, e não em nome do partido. Como filiado, não vejo necessidade. Até agora não o vi agindo de má-fé. A crítica que precisa ser feita não é só a ele, é ao governo todo, que não tem conseguido se comunicar e utilizar dados para argumentar", avalia.
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