Publicado em 26 de agosto de 2019 às 17:00
Em evento que sinalizou a preparação de terrenos para as próximas eleições, o apresentador da TV Globo Luciano Huck veio ao Espírito Santo nesta quarta-feira (14) e, em discurso, fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Para o global, a gestão não representa renovação e "um novo roteiro" para o país precisa ser escrito.>
"Com todo respeito a esse governo. Esse governo foi eleito de maneira democrática. Mas eu não acredito que a gente está vivendo o primeiro capítulo da renovação. Para mim, a gente está vivendo o último capítulo daquilo que não deu certo", frisou.>
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Em outra crítica ao presidente, citou uma de suas andanças pelo Brasil, mais precisamente na divisa entre Minas Gerais e Bahia, para dar o testemunho de que conheceu brasileiros que passam fome. Em julho, o presidente disse que ser "uma grande mentira" dizer que existem pessoas que não tenham o que comer.>
"As pessoas passam fome. Não vi em uma casa. Em dezenas, centenas de casas. E tem gente que diz que não se passa fome no Brasil. Não tá vendo? No Brasil, tem 7 milhões de brasileiros que vivem com menos de R$ 2 por dia. É justo? Não é", afirmou Huck, em Vila Velha.>
Huck estava ladeado pelo ex-governador Paulo Hartung (sem partido), por Eduardo Mufarej, fundador do RenovaBR, movimento patrocinado pelo apresentador, e por Tayana Dantas, gestora da Universidade de Vila Velha (UVV), principal realizadora do evento que trouxe o apresentador ao Estado.>
Em 2018, Luciano Huck ganhou destaque no debate político nacional e teve o nome cogitado para candidatura à presidência da República. Hartung, o "mestre Myiagi" dele, foi cotado para vice ou membro do alto escalão de um possível governo. Acabou não entrando na briga. Agora, volta a ser lembrado como presidenciável em 2022.>
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No discurso, Huck misturou suas impressões sobre histórias de pessoas que conhece por conta do seu programa televisivo com incômodo com um país que nunca alcança o futuro que se promete. Ele não chegou a mencionar candidatura, mas avisou que não quer ser passageiro "de um Brasil cada vez mais desigual" e que "não tem projeto".>
"A gente pode juntar todos os filantropos, todas o terceiro setor, a mídia, juntar quem quiser. A gente pode dobrar 0,2% o PIB de doações, mas não vai mexer no tamanho da desigualdade. Quem tem o poder de mexer é o governo. E o governo é gerido por políticos. Então, a nossa geração precisa qualificar os políticos", disse.>
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