Publicado em 3 de outubro de 2019 às 17:57
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) pediu a cassação dos mandatos de dois vereadores de São Gabriel da Palha: Tiago dos Santos (PP) e Wagner Lucas dos Santos (SD), ex-presidente e ex-segundo secretário da Mesa Diretora, respectivamente. Ambos são réus em um processo por obtenção de vantagens indevidas.>
O pedido consta nas alegações finais do MPES, feitas no dia 1º de agosto. A investigação do caso, no entanto, começou em fevereiro deste ano. Cerca de dois meses depois, no dia 3 de abril, a denúncia foi recebida pela Justiça, que instaurou o processo. Até o último dia 19 de setembro, este tramitava sob sigilo.>
Ao lado dos dois vereadores, também atuava o então assessor da Prefeitura de São Gabriel da Palha, Fábio Júnior das Neves. Juntos, os três teriam pedido R$ 10 mil do empresário José Henrique Barreto para favorecer a empresa dele no processo de contratação do responsável pela festa de aniversário da cidade.>
Por tal atitude, o promotor Hudson Colodetti Beiriz, da 2ª Promotoria de Justiça de São Gabriel da Palha, pediu a condenação dos três. Se valeram de cargos privilegiados para auferirem lucro para si, o que revela a incompatibilidade de que eles continuem ocupando cargo desta magnitude, de modo que inegavelmente deverá haver a perda no mandato, defendeu.>
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Além das vantagens indevidas obtidas pelos réus, Tiago e Fábio também são acusados de terem oferecido dinheiro para que o empresário José Henrique Barreto fizesse falso testemunho me favor deles, durante os depoimentos colhidos no processo de investigação do caso. Dessa forma, o promotor requereu a condenação dos dois pelo crime.>
Ainda no documento assinado em agosto, há um pedido de indenização por dano moral coletivo: Tiago pagaria R$ 200 mil; Wagner, R$ 150 mil; e Fábio, R$ 100 mil. Toda a população de São Gabriel da Palha se sente envergonhada com os atos de corrupção praticados por seus representantes, que, ao invés de buscarem o bem do povo, atuaram em causa própria, escreveu.>
Advogado de defesa de Tiago dos Santos e Wagner Lucas dos Santos, Hélio Deivid Amorim Maldonado argumentou que o processo teve início em um "estelionato judiciário feito por outros vereadores a fim de antecipar o processo político e poder exercer os cargos que eles ocupavam", na Mesa Diretora da Câmara de São Gabriel da Palha.>
Além disso, ele também garantiu que os dois parlamentares não praticaram qualquer tipo de crime e que não há nenhum respingo de comprovação desses fatos imputados a eles. Bem como ressaltou que um habeas corpus já está sendo julgado para que ambos possam voltar aos cargos públicos e que está esperançoso de que eles serão absolvidos.>
Já a defesa do assessor Fábio Júnior das Neves alegou não ter autorização para comentar o assunto e preferiu não se manifestar.>
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