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Motel que autorizar entrada de menor vai pagar multa no Espírito Santo

Motel que autorizar entrada de menor vai pagar multa no Espírito Santo

Governo do Estado enviou veto parcial ao projeto do deputado Lorenzo Pazzolini, que foi mantido. Estabelecimento não será fechado, mas será punido

Publicado em 16 de abril de 2019 às 00:55

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Plenário da Assembleia Legislativa . (Ellen Campanharo/Ales)

Virou lei um projeto do deputado Lorenzo Pazolini (sem partido), aprovado em fevereiro, para proibir a entrada, permanência ou hospedagem de crianças e adolescentes em motéis ou estabelecimentos semelhantes. Fica prevista uma multa de R$ 35 a R$ 170 mil para aqueles que descumprirem a determinação.

Em caso de descumprimento, o projeto original também previa a suspensão do estabelecimento por 90 dias ou até mesmo o fechamento, em caso de  reincidência, mas este trecho foi vetado pelo governador Renato Casagrande (PSB). O argumento foi de que esta punição só poderia ser estabelecida pelo Poder Executivo. 

O veto parcial ao projeto foi analisado nesta segunda-feira (15) pelo plenário da Assembleia Legislativa, e foi mantido pelos deputados. 

Quando apresentou a proposta, Pazolini explicou que o acesso de crianças ou adolescentes a motéis já é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Contudo, não há punições estabelecidas. "A Assembleia pode atuar em complementação ao ECA. A Casa tem competência concorrente para legislar sobre a matéria", disse o parlamentar.

Lorenzo Pazolini é delegado da Polícia Civil. Antes de tomar posse como deputado, atuava na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e foi o responsável por lavrar, em janeiro, o auto de prisão em flagrante do então deputado estadual Luiz Durão (PDT). O pedetista foi flagrado saindo de um motel com uma adolescente de 17 anos e é acusado de estuprá-la.

Pazolini já afirmou que seu projeto nada tem a ver com o caso de Durão. "É uma ideia que eu já tinha, de proteção, pelos vários e vários casos que presenciei na DPCA", garantiu.

ÔNIBUS

A maioria do plenário da Assembleia Legislativa também manteve o veto total, enviado pelo governo do Estado, a um projeto de lei que garantia a preferência de todos os assentos dos transportes coletivos do Estado a idosos, grávidas, pessoas com criança de colo, com deficiência ou mobilidade reduzida.

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O projeto, de autoria do deputado Lorenzo Pazolini (sem partido), foi considerado inconstitucional pelo governo pois somente o chefe do Executivo poderia legislar sobre concessão do serviço público, no caso, os serviços de transporte. Quatro deputados votaram contra o veto.

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