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Líder do PSL no Senado: Oposição é mais respeitosa que 'pseudoaliados'

Líder do PSL no Senado: Oposição é mais respeitosa que 'pseudoaliados'

As declarações foram dadas pelo senador ao deixar o Ministério da Economia, onde esteve reunido no início desta tarde com o ministro Paulo Guedes

Publicado em 21 de maio de 2019 às 17:51

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Major Olímpio. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | Arquivo)

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, afirmou nesta terça-feira (21) que a oposição tem mostrado mais respeito ao governo do que "pseudoaliados", "irmãos de luta e bandeira" que comemoram quando impõem derrota à administração de Jair Bolsonaro no Congresso.

As declarações foram dadas pelo senador ao deixar o Ministério da Economia, onde esteve reunido no início desta tarde com o ministro Paulo Guedes. Olímpio se referiu especificamente à derrota sofrida pelo governo na comissão mista que alterou a medida provisória 870, que trata da reforma administrativa.

Para tentar aprovar o texto, o governo precisou ceder e recriar dois ministérios (Cidades e Integração Nacional). A versão aprovada retira o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) do Ministério da Justiça, de Sergio Moro, e prevê a volta do órgão ao Ministério da Economia.

"Eu respeito a oposição, é legítima, democrática. Os partidos têm feito um trabalho efetivo, eficiente, respeitoso", disse. "Exatamente porque eu respeito a oposição e o quanto a oposição tem sido respeitosa até com o governo, até muito mais que os pseudoaliados", disse.

"Vejo amigos, irmãos de luta, bandeira, e agora comemorando que impuseram mais uma derrota ao governo, empurramos, goela abaixo, mais uma coisa", completou o senador.

Em tom de ironia, Olímpio disse que Bolsonaro tomou uma facada na campanha eleitoral e "toma uma punhalada por dia de pseudoaliados e aliados de ocasião".

O senador do PSL ainda criticou os bloqueios feitos por parlamentares do centrão (grupo que inclui PR, PP, DEM, Solidariedade, entre outros).

"Me doeu encabeçar a votação contra e tirar o Coaf [da Justiça]. A coordenação política é do Democratas. Precisava pedir pelo amor de Deus para dar uma ajudazinha ao país? Então nós estamos coordenando politicamente o que?", questionou, para, em seguida, afirmar não ter a intenção de enquadrar qualquer partido.

Questionado sobre se os ataques poderiam piorar a relação com os parlamentares antes de votações importantes, como a reforma da Previdência em tramitação na comissão especial na Câmara dos Deputados, Olímpio retrucou: "Que relação boa que nós temos?"

Ele reconheceu que há o risco de não aprovar as mudanças na aposentadoria no Congresso. "Espero que haja razão e bom senso que se encaminhe para tirar o país desse buraco negro", disse.

O senador criticou ainda o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PR-AM). Na sexta-feira (17), ele afirmou que trabalharia num texto alternativo às propostas do governo.

"Será que nós temos soluções melhores que possam gerar menos impactos negativos a qualquer categoria profissional, a qualquer faixa etária, a qualquer tipo de trabalhador no país? Se tiver, seja muito bem-vindo. Mas depois a gente viu que era só fumaça para ganhar dois minutos de mídia."

Segundo o senador, o presidente só pode contar efetivamente com os parlamentares do PSL para aprovar suas propostas no Congresso. "O restante é convencimento em cada matéria."

Sobre as manifestações marcadas para o próximo domingo (26), disse que vai encabeçar os protestos na avenida Paulista, em São Paulo, para fortalecer o governo de Jair Bolsonaro. Segundo ele, o objetivo não é censurar os partidos políticos.

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A própria legenda de Bolsonaro, o PSL, hesita em apoiar a manifestação. O presidente do partido, deputado Luciano Bivar, disse nesta terça não ver sentido no protesto. "Não estaremos como PSL partido político, e sim como cidadãos fazendo a mobilização."

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