Publicado em 3 de agosto de 2019 às 18:39
Erick Witzel, 24, filho do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), tornou-se funcionário da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS) da prefeitura carioca na última sexta-feira (2).>
O chefe da pasta, Nélio Georgini, defendeu a contratação e disse que não haverá privilégios. "Todos têm o mesmo padrão de salário, R$ 1.695.56", afirmou.>
Erick é homem transgênero e havia se oferecido para atuar na pasta até como voluntário, segundo Georgini.>
"Ele já fazia contato com duas pessoas negras trans que faziam parte da minha equipe e uma delas sugeriu que ele fizesse parte da CEDS. Eu escutei toda essa história e chamei o Erick para conversar", conta Georgini.>
>
Erick tinha uma relação fria com o pai e se distanciou ainda mais quando Witzel, quando candidato, foi filmado destruindo uma placa em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL), lésbica e envolvida na defesa da causa LGBT.>
Nos últimos meses, pai e filho voltaram a se aproximar. Eles assistiram juntos ao jogo do Flamengo no Maracanã esta semana.>
Erick classificou a nomeação como uma "oportunidade única de desenvolver novos projetos ou dar continuidade a projetos já vigentes voltados à diversidade, principalmente, às pessoas transexuais".>
Ele afirmou esperar "atender as expectativas e superar as críticas" e dar visibilidade às pessoas transexuais.>
A reportagem, o coordenador Georgini disse que o parentesco com o governador não teve ligação com a contratação.>
"Eu fui muito criticado pela questão de nepotismo, mas fiz questão de entender a súmula 13 do Supremo. Em nenhum momento eu consultei, conversei com o governador ou com o prefeito", afirma.>
"Os meus critérios são muito transparentes, porque sou cobrado pela imprensa.">
O coordenador diz que Erick, chef de cozinha, havia recebido propostas para ser assessor de deputados.>
Mas o jovem teria negado as ofertas e decidido trabalhar sem receber na coordenadoria.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta