Publicado em 11 de abril de 2019 às 23:51
O ex-diretor-executivo de Ferrosos e Carvão da Vale S.A., Gerd Peter Poppinga, prestou nesta quinta-feira (11) depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que apura as causas do rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).>
Ao responder um questionamento do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), ele afirmou já ter sido penalizado pela Vale S.A. por não ter cumprido metas relativas à segurança. De acordo com Poppinga, ele recebeu indicativo zero no quesito segurança. Outros diretores também teriam recebido nota negativa da mineradora. Segundo ele, a empresa tinha metas coletivas associadas aos resultados, metas estratégicas relacionadas à melhoria das vendas e metas específicas, relacionadas a questões de segurança.>
Poppinga também disse que ficou profundamente abalado com tragédia que matou 225 pessoas. Estou profundamente abalado e quero, mais uma vez, expressar meus sentimentos a todos os familiares que perderam seus entes queridos. Tenho certeza de que os trabalhos desta CPI ajudarão a esclarecer os fatos, disse o ex-diretor-executivo.>
Poppinga teve seu afastamento da empresa pedido pelo Ministério Público Federal (MPF) após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro. Ele acabou deixando a mineradora no início de março. Em resposta, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que o lamento do empresário não resolverá o problema, lembrando que ele ainda é julgado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015.>
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Lamentar o que aconteceu e dizer que está comovido não vai resolver, até porque este é um problema com reincidência. Por muito menos, um pobre passando fome que assalta um mercado para levar comida para sua família está na cadeia, disse o senador. Poppinga rebateu afirmando que ainda não foi julgado. Sou absolutamente inocente e confio na capacidade da Justiça.>
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