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Deputados já tentaram mudar quórum das sessões da Assembleia do ES

Deputados já tentaram mudar quórum das sessões da Assembleia do ES

Parlamentares já apresentaram projetos para alterar as normas de hoje. De fevereiro a junho deste ano, das 68 sessões realizadas, 18 caíram por ausência em plenário

Publicado em 2 de agosto de 2018 às 19:48

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Muitas sessões plenárias ficam quase vazias na Assembleia Legislativa. (Tati Beling/Ales)

Enquanto uma a cada quatro sessões da Assembleia Legislativa foi derrubada por falta de quórum este ano, mesmo ainda fora do período de campanha eleitoral, conforme o Gazeta Online mostrou, os deputados estaduais já apresentaram projetos, nos últimos meses, para tentar alterar o tempo de duração ou a forma de condução das sessões.

O deputado Sérgio Majeski (PSB), que foi quem mais pediu recontagens de quórum no primeiro semestre, também tentou alterar o funcionamento dos trabalhos legislativos. Ele reclama que desde 2016 apresentou um Projeto de Resolução para tornar obrigatório o registro de presença dos deputados no painel eletrônico, ao ser anunciada a Ordem do Dia, para apuração do quórum no início da fase de votações dos projetos.

De fevereiro a junho deste ano, das 68 sessões ordinárias realizadas, 18 caíram por falta de quórum. Em 12 dessas 18 sessões derrubadas, a Ordem do Dia sequer foi iniciada. Pelo projeto do socialista, se o deputado não estiver presente neste momento da sessão, ele poderia ter o salário descontado.

No entanto, desde outubro daquele ano o texto está parado na Supervisão de Registro e Tramitação Legislativa (DIPROL), que é ligado à Mesa Diretora, de acordo com o deputado. 

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O regimento interno possui uma brecha ao garantir que a presença seja registrada em qualquer fase da sessão, sendo omisso em relação às ausências durante a Ordem do Dia, que é a principal fase dos trabalhos, onde os projetos são deliberados e discutidos

Sergio Majeski (PSB) - Deputado estadual
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Outra iniciativa foi do Enivaldo dos Anjos (PSD), em abril de 2017. Em um projeto de resolução, ele propôs que o número mínimo de deputados presentes no plenário para a manutenção da sessão seja reduzido para três, em vez dos 10 exigidos hoje. Para ele, a sessão não precisa cair somente porque tem poucos parlamentares presentes.

"O objetivo é incentivar consequentemente os debates de assuntos importantes para o nosso Estado, considerando as diversas atividades dos Parlamentares, dentre elas, o atendimento aos cidadãos, lideranças e autoridades em seus respectivos gabinetes e demais setores", disse, na justificativa do projeto. O texto já passou pela Comissão de Justiça, mas não voltou a ser pautado para voltar ao plenário.

Já a deputada Janete de Sá (PMN) propôs que a fase da Ordem do Dia possa ser invertida com a Fase das Comunicações, se for feito requerimento verbal de deputado e com aprovação do plenário.

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Atualmente, a sequência de trabalhos começa com a abertura da sessão, em seguida vêm a leitura da ata da reunião anterior, a leitura do Expediente para Simples Despacho, a leitura do Expediente para Deliberação, Fase das Comunicações, Ordem do Dia e Grande Expediente. A deputada argumentou que a alteração seria para flexibilizar a ordem dos trabalhos, para que a deliberação de projetos esteja em prioridade. O projeto ainda não foi discutido no plenário.

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