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Deputados caminham para consenso em torno do nome de Erick Musso

Deputados caminham para consenso em torno do nome de Erick Musso

Um grupo formado por novatos se reuniu na tarde desta quinta-feira para discutir o assunto. Embora não haja definições, atual presidente da Assembleia ainda é o único definido na disputa

Publicado em 4 de janeiro de 2019 às 01:15

Erick Musso é o atual presidente da Assembleia Legislativa Crédito: Ales/Divulgação

A Assembleia Legislativa segue em recesso até o início de fevereiro, mas nos bastidores o consenso em torno do nome de Erick Musso (PRB) para comandar a próxima Mesa Diretora da Casa vem se consolidando.

Na tarde desta quinta-feira (3), um grupo de 11 dos 15 deputados novatos, eleitos em 2018, se reuniu em mais um almoço para discutir o tema. Em nota divulgada à imprensa, sinalizaram a intenção de comporem uma chapa única, na qual os novatos ocupariam os postos de 1º e 2º secretário.

"Em respeito aos anseios populares manifestado nas urnas, se o presidente for um deputado reeleito, os dois principais secretários serão novatos, ou vice-versa", diz o texto. Entre os deputados reeleitos, Erick Musso, que atualmente preside a Assembleia, é o único parlamentar declaradamente candidato à presidência da Assembleia.

Em seu discurso durante a posse do governador Renato Casagrande (PSB), na última terça-feira (1º), Musso não só ressaltou as conquistas da Casa durante o tempo em que liderou a Mesa Diretora, como também deu demonstrações claras de intenção que o Legislativo trabalhe em prol da governabilidade de Casagrande.

"Meu desejo é que a nova Assembleia, que toma posse daqui a 30 dias, continue sendo essa Casa que se preocupa, acima de tudo, com os interesses da sociedade. Nessa mesma toada, espero que a próxima Mesa Diretora, e não obstante o próximo presidente, tenham o mesmo compromisso social que tivemos ao longo dos dois últimos anos. E que estejam alinhados com o Palácio Anchieta e o governador eleito que ora toma posse", pontuou na ocasião.

Já os recém-chegados afirmam que não há definição acerca do tema e que ainda não foram escolhidos nomes que poderiam encabeçar uma chapa própria ou compor uma chapa única. Apesar disso, o nome de Erick Musso é bem aceito pela maioria. Coronel Alexandre Quintino, por exemplo, que esteve na reunião, afirma: "É uma pessoa que goza de muito respeito entre os deputados novos". Ele também ressalta a intenção dos novatos de ocuparem o mesmo espaço dos veteranos.

"Os 15 deputados novos que foram eleitos como representantes do povo capixaba devem estar inseridos como aqueles que estão lá. O que queremos é um tratamento isonômico. Participar em todos os processos como os demais deputados, inclusive na Mesa Diretora e nas comissões", disse Quintino.

Junto a Torino Marques, Capitão Assumção e Danilo Bahiense, Quintino forma o quarteto de deputados eleitos pelo PSL, que possui a maior bancada da Assembleia. Por determinação do partido, eles votarão em bloco. Por isso, o possível apoio do grupo pode ser fundamental para Musso.

Deputados aliados de Musso já antecipam, inclusive, que o presidente já contaria com o apoio de 21 dos 30 deputados, incluindo, assim, alguns dos recém-chegados. "Dia 10 acho que teremos o início da coleta de assinaturas para a chapa do Erick", informou um deles.

GOVERNADOR

A definição dos novatos em relação ao rumo a ser tomado – se irão lançar uma chapa própria ou se ficarão alinhados com Musso – dependerá também do diálogo com o governador Renato Casagrande (PSB). De acordo com o secretário da Casa Civil, Davi Diniz, o chefe do Executivo estadual deverá iniciar conversas individuais com os parlamentares já a partir deste fim de semana. "Mais o certo é que segunda, terça e quarta-feira isso será intensificado", garante.

Diniz afirma que desde o ano passado vem conversando com todos os deputados. Ele afirma que no momento o governador não tem preferência por nomes, mas que o objetivo é que uma chapa de consenso seja formada, a fim de facilitar as relações entre o Palácio Anchieta e a Assembleia Legislativa.

"Nosso objetivo é criar um consenso que contemple os eleitos e reeleitos. Uma chapa única é sempre melhor, pois toda vez que temos consenso, tendemos a caminhar para um posterior mais harmônico", explicou Diniz, que também pondera: "A vontade do governo é participar da construção dessa chapa de consenso, mas respeitando a autonomia do poder Legislativo".

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