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Como votaram parlamentares do ES sobre aumento no número de deputados federais

Como votaram parlamentares do ES sobre aumento no número de deputados federais

Texto foi chancelado por senadores em placar de 41 votos a favor e 33 contra; na Câmara, 361 deputados votaram a favor e 36 contra

Publicado em 26 de junho de 2025 às 11:47

 - Atualizado há 17 dias

Congresso Nacional aprovou, quarta-feira (25), o projeto de lei complementar que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531.

A votação foi a jato na Câmara dos Deputados, na mesma noite em que o Senado aprovou a medida com alterações para tentar reduzir o desgaste político. A redação final do texto, que agora vai para a sanção do presidente Lula (PT), restringiu a elevação de gastos.

Projeto sofreu mudanças pelos senadores e voltou para análise na Câmara  Crédito: Lula Marques/Agência Brasil

A votação no Senado recebeu apoio de 41 senadores, o número mínimo exigido para a aprovação. Outros 33 foram contrários.

Veja os votos dos senadores do Espírito Santo:

  • Fabiano Contarato (PT): Não
  • Magno Malta (PL): Não
  • Marcos do Val (Podemos): Não

Na Câmara, 361 deputados votaram a favor e 36 contra. Teve até mesmo parlamentares que haviam sido contrários ao mérito inicial da proposta, votado em 6 de maio, mas que se manifestaram favoráveis às alterações. A deputada Bia Kicis (PL-DF) disse que os senadores "des-pioraram" o texto.

Veja os votos dos deputados do Espírito Santo, após o texto receber emendas do Senado:

  • Amaro Neto (Republicanos) - Sim
  • Da Vitória (PP) - Sim
  • Dr. Victor Linhalis (Podemos) - Ausente
  • Evair de Melo (PP) - Sim
  • Gilson Daniel (Podemos) - Sim
  • Helder Salomão (PT) - Abstenção
  • Jack Rocha (PT) - Sim
  • Messias Donato (Republicanos) - Sim
  • Paulo Folletto (PSB) - Ausente
  • Gilvan da Federal (PL) - Suspenso

Veja os votos dos deputados do Espírito Santo, em 6 de maio, antes de o texto receber emendas do Senado:

  • Amaro Neto (Republicanos) - Sim 
  • Da Vitória (PP) - Sim 
  • Dr. Victor Linhalis (Podemos) - Não
  • Evair de Melo (PP) - Ausente
  • Gilson Daniel (Podemos) - Sim 
  • Helder Salomão (PT) - Não
  •  Jack Rocha (PT) - Sim 
  • Messias Donato (Republicanos) - Não
  • Paulo Folletto (PSB) -  Não
  • Gilvan da Federal (PL) - Suspenso

Em relação ao aumento do número de deputados, o relator no Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), incorporou um artigo no texto que "proíbe qualquer aumento de despesa" por causa da criação das 18 novas cadeiras. Os deputados referendaram a proposta.

"Trata-se de medida correta, tendo em vista a necessária atenção às contas públicas", disse o relator na Casa, deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB).

A Câmara dos Deputados calculava em quase R$ 65 milhões por ano o aumento de custos com a criação das novas vagas, incluindo salários, benefícios e estrutura para novos parlamentares. A medida deve produzir um efeito cascata nos estados, já que a Constituição vincula o número de deputados estaduais ao de federais.

No caso das emendas parlamentares, a Câmara terá dois caminhos, segundo especialistas: redividir o valor entre os deputados ou elevar o teto estabelecido na Constituição para essas verbas.

Minutos antes da votação, senadores ainda contavam votos, afirmavam que a Casa estava dividida e consideravam imprevisível o resultado. A dificuldade de aprovação ficou nítida a partir da aprovação do requerimento de urgência (que permitia a votação do conteúdo nesta quarta) por 43 votos a 30.

Senadores rejeitaram uma sugestão para que a mudança ocorresse apenas em 2034.

Após o termômetro dado com a aprovação da urgência, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou que votaria a favor, deixou a cadeira da presidência e percorreu o plenário pedindo voto aos colegas.

Alcolumbre havia prometido ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que se esforçaria para aprovar a medida. O senador afirmou a líderes que o assunto dizia respeito à Câmara e, por isso, deveria ser decidido por eles —cabendo ao Senado apenas referendar o que tinha sido feito.

O projeto foi considerado impopular no Senado e recebeu críticas até mesmo de parlamentares de unidades da federação que perderiam deputados. Pesquisa Datafolha mostra que 76% dos brasileiros são contra o aumento; apenas 20% são a favor.

O projeto foi articulado pela Câmara em reação a uma determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) para que o número de deputados, que varia de estado para estado, fosse proporcional ao número de habitantes aferido pelo Censo de 2022.

Em vez de redistribuir as 513 cadeiras entre os estados e o Distrito Federal, o que levaria parte deles a perder representantes, a Câmara decidiu criar mais 18, contemplando aqueles que tiveram aumento populacional segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com a mudança aprovada pelos senadores, devem ganhar mais vagas na Câmara em 2027 os estados de Pará e Santa Catarina (4 cada um), Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte (2 cada), Goiás, Ceará, Paraná e Minas Gerais (1 cada).

A redistribuição de vagas foi exigida pelo STF a partir de um pedido do Pará para evitar que estados cuja população cresceu nos últimos anos ficassem sub-representados. Se o Congresso não aprovasse a readequação até 30 de junho, o próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) faria isso.

Inicialmente, a proposta fazia com que alguns estados perdessem cadeiras no plenário para que outros ganhassem, o que gerou controvérsia entre as bancadas.

Era o caso da própria Paraíba, do presidente da Câmara, que ficaria com 2 deputados a menos. Também seriam reduzidas as bancadas de Rio de Janeiro (4), Bahia (2), Piauí (2), Rio Grande do Sul (2), Alagoas (1) e Pernambuco (1).

A Constituição Federal determina que a representação na Câmara dos Deputados deve ser proporcional à população de cada unidade da federação, mas limita o número a, no mínimo, 8 e, no máximo, 70.

O projeto foi aprovado no mês passado pelos deputados federais por 270 votos a 207. Somente os partidos PSOL, Cidadania, Novo e Rede orientaram voto contra.

Com informações da Folhapress, Agência Câmara e Agência Brasil.

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