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Com resultado apertado e atraso para definição, PT finaliza eleição

Com resultado apertado e atraso para definição, PT finaliza eleição

Petistas foram às urnas em todo o Estado, no domingo, mas Comissão Eleitoral não definiu resultado após pedidos de recursos

Publicado em 11 de setembro de 2019 às 17:55

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O deputado federal Helder Salomão e a microempresária Jackeline Rocha vão disputar o comando do PT estadual, em outubro. (Câmara dos Deputados e Carlos Alberto Silva)

Após uma eleição acirrada e com polêmicas durante a apuração, o deputado federal Helder Salomão (PT) saiu vitorioso na votação para a chapa de delegados estaduais do Partido dos Trabalhadores (PT), e agora precisará sair em busca dos últimos votos para obter a maioria da legenda. Após horas de reuniões e análises de recursos sobre a votação nesta terça-feira (10), a chapa de Helder, "Para voltar a sonhar", conseguiu eleger 124 dos 250 delegados do partido, faltando apenas dois para fazer a maioria simples, que são 126.

A chapa encabeçada por Jackeline Rocha (PT), "Lula Livre sem medo de ser Feliz", teve 77 delegados, enquanto a chapa do atual presidente da sigla, João Coser (PT), teve 35, e a do vereador de Cariacica, André Lopes, teve outros 14 delegados. As chapas dos dois últimos não tinham candidatos à presidência.

O resultado, no entanto, ainda é provisório. Segundo o presidente da comissão organizadora do processo eleitoral do PT, Ronaldo Simonetti, há um recurso ainda pendente de análise sobre a divergência entre o número de eleitores e o total de votos do PT em Cariacica. No município, foram contabilizados 29 votos a mais que o total de presentes.

"A chapa da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) pediu impugnação da votação. A Executiva Municipal de Cariacica ainda vai se reunir para analisar, em seguida isso passará pela comissão eleitoral, e por fim, deve ser julgado pela Executiva Estadual, na próxima segunda-feira. Desta forma, o resultado ainda é parcial", afirmou.

A escolha dos delegados foi a primeira etapa da eleição da direção estadual, que será concluída no Congresso Estadual do PT, nos dias 19 e 20 de outubro. Será só neste evento que o presidente e a Executiva estadual serão de fato eleitos, e quem tem o maior número de delegados já sai na vantagem.

A chapa de Helder Salomão, que ficou mais expressiva, tem ao seu lado petistas de peso, como a deputada estadual Iriny Lopes e o ex-subsecretário nacional de Direitos Humanos Perly Cipriano. A microempresária Jackeline Rocha, da chapa adversária, foi candidata ao governo do Estado em 2018 e é apoiada por Coser e pelo ex-deputado estadual Jose Carlos Nunes.

O deputado Helder Salomão espera conseguir agregar uma quantidade além dos 2 delegados que necessita para vencer a eleição para a presidência, para que o partido saia pacificado do processo.

"Vamos conversar com delegados de outras chapas, que também defendem mudanças no partido, e vamos tentar nos unificar em torno de um projeto. Tenho um bom relacionamento com muitos presidentes municipais do interior, assim como com os da Grande Vitória. Este ambiente está muito mais favorável que o da disputa passada", avaliou.

Em 2017, na última eleição de Coser, o candidato derrotado Givaldo Vieira (hoje no PCdoB) entrou com um pedido na executiva nacional para suspender a posse do presidente reeleito, acusando-o de ter oferecido cargos e dinheiro em troca de votos.

Helder acrescentou que acredita obter apoios principalmente das chapas que não tinham candidato a presidente, no caso, a de Coser e André Lopes. Ele destacou que continuará sua campanha interna, nesses próximos 40 dias, com a bandeira de devolver o protagonismo ao PT do Espírito Santo na política.

"Vamos construir um projeto democrático popular, debatendo com os movimentos, com outras forças políticas, pois não queremos mais o PT isolado. Também iremos garantir maior presença da direção estadual nos municípios do interior, para discutir os planos municipais para as eleições majoritárias", afirma.

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A reportagem não conseguiu contato com a chapa de Jackeline Rocha.

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