Publicado em 25 de agosto de 2019 às 02:45
O procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, acionou o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) para cobrar explicações do deputado estadual Sergio Majeski (PSB). Até o momento, não se sabe a que se refere o pedido e qual o teor dos questionamentos. No entanto, ele deverá ser julgado pelo Pleno da Corte.>
Apesar de ainda não ter sido notificado em relação à interpelação judicial - sobre qual foi informado através do Diário do TJES - Majeski acredita que o processo tenha relação com as críticas feitas por ele ao projeto do MPES que recentemente foi aprovado pela Assembleia Legislativa estadual (Ales), permitindo a criação de 307 cargos comissionados para o órgão.>
O pedido de Eder Pontes foi distribuído no dia 8 de agosto para o desembargador William Silva. Mas o procurador-geral de Justiça protestou, alegando que a decisão sobre o pedido deve ser dada pelo Pleno do TJ. A relatora, desembargadora Elizabeth Lordes, concordou.>
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Em 16 de julho, data da aprovação do projeto dos comissionados, Majeski foi ao plenário da Casa para criticar o argumento do MPES de que haverá economia com a extinção de cargos vagos. Majeski também questionou a aprovação da pauta em regime de urgência às vésperas do recesso parlamentar.>
É uma falácia (a economia), tendo em vista que os cargos extintos já não eram ocupados, ou seja, não existem de fato, avaliou.>
PERSEGUIÇÃO>
Majeski afirma ser alvo de perseguição por parte do procurador-geral. Ele lembra, ainda, que um pedido de providência à Corregedoria da Assembleia foi feito recentemente, alegando quebra de decoro parlamentar de sua parte. O autor do pedido, no entanto, solicitou anonimato e teor do pedido também permanece desconhecido.>
Para o deputado, no entanto, há indícios de que ambos os fatos tenham relação com sua postura diante do projeto aprovado.>
Imagino que sim, até pelas declarações do promotor-geral de que eu havia extrapolado minhas funções. Parece que o Ministério Público não aceita críticas. Ninguém pode criticar o que o MP faz, disse Majeski, mencionando também o fato de o MPES ter aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra um funcionário do órgão que disparou mensagem para todos os e-mails funcionais do MP contra o mesmo projeto de criação de cargos comissionados questionado pelo deputado.>
No plenário da Casa, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (19), Majeski também se pronunciou sobre o assunto, disparando mais críticas contra Eder Pontes. Em 2015, o Tribunal de Contas (TCES) pediu explicações de contratos do MP mal explicados. Eder, ao invés de responder, resolveu atacar os auditores e o conselheiro relator, disse também.>
O Tribunal de Justiça informou que o processo está no gabinete do relator, desembargador José Paulo Calmon Nogueira da Gama. É preciso aguardar o despacho para ter acesso à mais informações. >
O Ministério Público estadual também foi demandado. O Gazeta Online aguarda resposta. >
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