Publicado em 23 de setembro de 2019 às 12:54
Policiais do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) cumpriram, nesta segunda-feira (23), mandados de busca e apreensão em uma operação que investiga fraude em cartórios.
Os alvos foram a sede do cartório Jabaquara, em Anchieta, Guarapari, e em uma filial (sucursal) no Centro de Vila Velha. Também foram feitas buscas em residências dos proprietários e de funcionários. Ao todo, são cinco mandados de busca e apreensão.
Por volta das 7h30, policiais trouxeram um funcionário para abrir a unidade em Vila Velha. De lá, os policiais saíram com várias pastas de documentos e arquivos de mídias. A reportagem foi ao local também pela manhã, por voltas das 9h, mas estava fechado. O porteiro, que prefere não se identificar, informou que o cartório não funcionaria nesta segunda.
SEM AUTORIZAÇÃO PARA SUCURSAL
De acordo com as informações iniciais, a operação, denominada "Hemera", que na mitologia grega significa a deusa da mentira, acontece porque não existiria autorização para abrir essa sucursal investigada.
Procurada, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), informou que o Nuroc está prestando apoio a uma operação da Corregedoria-Geral de Justiça.
Já o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) destacou, por meio da assessoria de imprensa, que o inquérito policial está sob sigilo e que, por isso, não poderia prestar informações sobre o caso.
OUTRO LADO
A Gazeta ligou para o cartório em Anchieta. Uma mulher atendeu e, quando a reportagem se apresentou, ela disse que não tinha nada a declarar e desligou o telefone.
De acordo com o Justiça Aberta, no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o cartório Jabaquara, de registro civil e tabelionato, arrecadou R$ 1,9 milhão no segundo semestre no ano passado. Os dados do primeiro semestre deste ano ainda estão pendentes.
(Com colaboração de Letícia Gonçalves)
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