Publicado em 9 de maio de 2018 às 23:34
A Câmara de Cariacica aprovou na sessão desta quarta-feira (09) um projeto de lei que aumenta de R$ 20 mil para R$ 25 mil a verba que cada vereador tem para pagar funcionários de gabinete. O aumento é de 25%.>
Como cada um dos 19 vereadores pode ter até 12 funcionários, a mudança fará com que a despesa máxima com funcionários de gabinetes passe de R$ 4,5 milhões por ano para R$ 5,7 milhões. Corresponde a cerca de R$ 1,2 milhão extras.>
Apenas Wellington Nascimento, o Professor Elinho (PV), e Sérgio Camilo (PSC) votaram contra. Para estes, o momento não é propício para aumento nas despesas públicas.>
"Votei contra porque entendo que não é o momento de aumentar qualquer tipo de despesa, uma vez que o município não está conseguindo dar de contrapartida os seus serviços básicos, como saúde, educação e, principalmente, limpeza pública", disse Sérgio Camilo.>
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"Eu tenho sete funcionários. Há quem tenha mais. Eu não voto, neste momento de crise financeira, nada para aumentar cargos ou custos", comentou Elinho.>
O projeto, que muda a estrutura dos cargos além do valor da verba, é da Mesa Diretora. Entre os pontos da justificativa, "primar pelo bom nível de profissionalização" dos servidores e "adaptar-se aos parâmetros atuais".>
Para ilustrar a "adaptação", a justificativa da proposta diz que a verba para pagar salários no gabinete da Câmara de Vila Velha é maior, de R$ 28,9 mil.>
O projeto, formalmente, também extinguiu a função de chefe de gabinete. Mas, na prática, a função apenas foi descolada da Mesa Diretora, onde estava, para os próprios gabinetes.>
De acordo com o texto da lei municipal vigente, o chefe de gabinete ganha R$ 2.294,35. Agora, os vereadores poderão nomear livremente os seus funcionários e pagar a eles seis níveis de salários: R$ 1,2 mil, R$ 2 mil, R$ 3.083, R$ 3.623, R$ 4.120 e R$ 5 mil.>
À exceção do nível com salário maior, os demais valores já são os praticados atualmente.>
OUTRO LADO>
O presidente da Câmara, César Lucas (PV), não atendeu às ligações para comentar o projeto e explicar qual é a irregularidade apontada pela Procuradoria de Justiça. O primeiro vice-presidente, Celso Andreon (PT), também não foi localizado. O projeto segue para sanção do prefeito Juninho (PPS).>
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