Publicado em 8 de março de 2018 às 10:24
Ao se filiar ao nanico PSL, o deputado e pré-candidato ao Planalto Jair Bolsonaro (RJ) disse nesta quarta-feira, 7, que vai se empenhar em eleger o maior número de parlamentares para endurecer leis penais, evitar o desarmamento e garantir maioria no Legislativo.>
Interrompido por gritos de mito, messias e presidente, ele disse a uma plateia de militantes que lotou um auditório da Câmara que tentará levar um maior número de policiais e integrantes das Forças Armadas para o Congresso. A bancada da bala, chamada assim de forma jocosa, vai se transformar na bancada da metralhadora.>
Bolsonaro ainda afirmou que, caso eleito, deverá nomear para seu ministério o general Augusto Heleno Ribeiro (Defesa), o ex-astronauta Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e o economista Paulo Guedes (Fazenda). Ele também disse que pretende fundir as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente.>
Ao falar de sua equipe ideal de governo, Bolsonaro aproveitou para criticar a atual gestão. O ministro de Ciência e Tecnologia hoje não sabe diferenciar gravidez de gravidade, afirmou numa crítica ao ministro Gilberto Kassab. Eu não sou bom, mas os outros são muito ruins, disse.>
>
Cerca de 15 deputados e um senador, Magno Malta (PR-ES), chamado de vice pelos militantes, compareceram a um auditório da Câmara para a filiação de Bolsonaro ao partido presidido pelo deputado Luciano Bivar (PE). Em seu discurso, o pré-candidato focou os ataques nas demandas LGBT, à esquerda e ao governo Michel Temer. As malas dos porões do Jaburu, digo isso no duplo sentido, não podem continuar imperando no Brasil.>
Ele reagiu à entrada de concorrentes diretos e do governo Michel Temer no debate da segurança pública, sua principal bandeira. Ele chegou a chamar o atual o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, de comunista e desarmamentista. Mas evitou ataques diretos à intervenção militar no Rio.>
Para quem esperava que Bolsonaro fizesse um discurso mais light, voltado à classe média, o pré-candidato se preocupou em enfatizar suas principais bandeiras. Inclusive a defesa da quebra do monopólio na indústria de armas no País. A violência se combate com energia ou mais violência, afirmou. Na questão de gênero, ele disse que todo mundo tem um amigo gay, mas criticou supostos incentivos nas escolas à mudanças de sexo. É uma maldade com as criancinhas, disse.>
Bolsonaro fez, em diversos momentos do seu discurso, referências a Deus e às mulheres, numa estratégia discutida com aliados para atrair votos dos evangélicos e do público feminino, após polêmicas. Magno Malta, a pedido de Bolsonaro, chegou a rezar um Pai Nosso. O hino nacional foi cantado no evento e Bolsonaro demonstrou emoção ao lembrar os pais e a infância, que, segundo ele, foi de pobreza no interior de São Paulo. Na economia, o pré-candidato disse que, na primeira semana de governo, extinguirá um terço das estatais.>
Pela estimativa dos aliados mais próximos de Bolsonaro, pelo menos sete deputados federais devem se filiar ao PSL nos próximos dias. O pré-candidato já levou para seu novo partido os filhos Eduardo, deputado federal por São Paulo, e Flávio, deputado estadual pelo Rio.>
Durante a tarde, um grupo de apoiadores do deputado inflou um boneco de cerca de 12 metros em frente ao Congresso.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta