O presidente eleito Jair Bolsonaro disse que não faz sentido manter relações diplomáticas com Cuba porque a ilha desrespeitou os direitos humanos. Em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "Correio Braziliense", Bolsonaro criticou o programa "Mais Médicos", no qual 11.420 médicos cubanos trabalham em regiões pobres ou remotas do
Brasil.
Segundo Bolsonaro, 75% dos salários dos médicos são pagos ao governo de Cuba que não autoriza os profissionais a trazerem seus filhos para o Brasil, citando o caso de um médico cujos três filhos tinham que ficar em Cuba.
"Isso é uma tortura para uma mãe", disse Bolsonaro. "Podemos manter relações diplomáticas com um país que trata seu povo dessa maneira?", questionou.
Ele disse ainda que o programa, iniciado pela ex-presidente Dilma Rousseff para prestar atenção médica em áreas onde os médicos brasileiros não querem servir, poderia continuar, mas os médicos cubanos teriam que obter seu salário integral e ter seus filhos com eles.
Bolsonaro, eleito na semana passada, toma posse em 1º de janeiro e promete a maior mudança na política externa brasileira em décadas.
Ele buscará relações mais próximas com os Estados Unidos e confirmou na quinta-feira que planeja seguir a liderança do presidente dos EUA, Donald Trump, e transferir a embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém.
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