Publicado em 2 de julho de 2019 às 20:25
Após reportagem do Gazeta Online, a Prefeitura de Vila Velha abriu mão de contratar empresa investigada na Operação Assepsia, que apura a existência de um suposto cartel no setor de limpeza no Espírito Santo.>
Em nota enviada no último dia 25, a administração municipal informou que não faria a contratação da empresa, em que pese a firma tenha se sagrado vencedora de um processo licitatório em setembro de 2018 para atuar em secretarias.>
"Mesmo com o resultado do processo licitatório, não realizará a contratação da empresa Liderança Limpeza e Conservação LTDA, respeitando, assim, determinação judicial que impede a assinatura de novos contratos com a mesma", informou.>
Ao determinar, em fevereiro, um bloqueio quase bilionário, de R$ 865,6 milhões, nas contas das dez empresas investigadas, a 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Vitória também as proibiu de participarem de novos certames e de celebrarem novos contratos no Estado.>
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O contrato de Vila Velha com a Liderança foi homologado em 28 de dezembro de 2018, antes da decisão judicial, com valor máximo de R$ 27,7 milhões.>
Quando o Gazeta Online noticiou que a prefeitura estava em vias de realizar a contratação, Vila Velha informou não ter ciência formal sobre a ordem da Justiça. A cidade não apareceu na área de atuação do suposto cartel investigado.>
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A prefeitura também informou que o serviço será prestado pela empresa que atualmente atua na cidade, a Top Service Serviços e Sistemas LTDA. O serviço iria até junho, mas cabia uma prorrogação. Agora, como explicou o município, a contratação vai vigorar até março de 2020. >
Mesmo assim, caso a decisão judicial seja revista pela Justiça, a administração informou que poderá rever a decisão de incrementar o contrato até o próximo ano.>
A Liderança Limpeza já foi à Justiça pedir reconsideração. A defesa entende que a companhia foi injustamente inserida na ação civil que determinou o bloqueio e vetou a celebração de novos contratos no Estado.>
A investigação começou a partir de uma licitação para serviços de limpeza lançada pela Secretaria estadual de Educação (Sedu).>
"Não teve qualquer conluio ou formação de cartel. Participamos de licitação da Sedu, mas não demos lance porque estávamos aguardando o julgamento de uma impugnação ao edital que só foi decidida na véspera", disse Marlon Mendes, advogado da empresa.>
A defesa queixa-se da decisão proferida antes da apresentação do contraditório.>
"Já pedimos duas vezes para o juiz de primeira instância analisar o pedido de reconsideração para suspender a penalidade aplicada porque ela foi aplicada sem que sequer a empresa pudesse exercer o contraditório. A Liderança foi penalizada injustamente. Não somos do Espírito Santo, não temos conhecimento com nenhuma empresa acusada no processo", declarou Marlon.>
A empresa que continuará prestando o serviço em Vila Velha foi procurada, mas ainda não deu retorno. Quando houver manifestação oficial, o texto será atualizado.>
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