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Ameaças fizeram Gerson Camata ficar recolhido em casa, diz Rita

Ameaças fizeram Gerson Camata ficar recolhido em casa, diz Rita

Reportagem teve acesso ao depoimento prestado pela viúva do ex-governador à Polícia Civil

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 23:29

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Gerson Camata foi assassinado na Praia do Canto. (Marcelo Prest)

Em depoimento à Polícia Civil, a ex-deputada federal Rita Camata (PSDB), esposa do ex-governador Gerson Camata (MDB), afirmou que o marido chegou a evitar sair de casa por um tempo por conta de ameaças feitas contra ele por Marcos Venicio Moreira Andrade, assessor do político durante cerca de 20 anos.

Marcos Andrade, mais conhecido como Marquinhos, atirou em Gerson Camata no dia 26 de dezembro de 2018, na Praia do Canto, em Vitória. A motivação do crime seria uma ação judicial para indenização por danos morais movida por Camata contra o ex-funcionário. O processo resultou em um bloqueio de cerca de R$ 60 mil nas contas de Marquinhos.

Ameaças fizeram Camata ficar recolhido em casa, revela Rita

"Ele ficou recolhido em casa por algum período, em razão dessas ameaças e, quando saía, evitava frequentar os mesmo lugares, justamente para evitar um possível encontro com Marcos Venicio. Acredito que Marcos Venicio estava vigiando lugares, à procura de Gerson Camata, a fim de matá-lo", disse a viúva.

A ex-deputada Rita Camata, viúva de Gerson Camata, é amparada na saída do cemitério. (Fábio Vicentini)

O depoimento, ao qual a reportagem teve acesso, não especifica o período em que Camata evitou a exposição. Rita Camata foi ouvida no dia 28 de dezembro, dois dias após o crime, pelo delegado Marcus Vinícius Rodrigues de Souza, na Delegacia Especial de Homicídio e Proteção à Pessoa, em Vitória.

A ex-deputada contou à polícia que chegaram a ela, por outras pessoas, algumas ameaças feitas ao marido por Marcos Andrade. Ela citou duas pessoas que teriam ouvido diretamente de Marcos as ameaças a Camata. Os depoimentos de ambos foram publicados pelo Gazeta Online. Um deles contou aos policiais ter levado as intimidações ao conhecimento do ex-governador, que minimizou todas elas.

Rita Camata segura as bandeiras do Espírito Santo e do Brasil. (Carlos Alberto Silva)

Rita não soube dizer se o marido registrou ou não alguma ocorrência a respeito. Ela acredita que, mesmo na hipótese de ter sido ameaçado diretamente, o ex-governador não levaria essa preocupação à família.

ARMA NA MÃO

Outro depoimento colhido pela Polícia Civil foi o do juiz Flávio Jabour Moulin, no dia 27 de dezembro. O magistrado disse aos policiais que passava de carro pela Praia do Canto quando ouviu um tiro. Ainda sem ter nenhuma ideia de que Gerson Camata havia sido o alvo do disparo, reduziu a velocidade do automóvel e viu um homem saindo com a arma na mão de trás de uma banca de revistas.

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"Ele atravessou a rua e passou em frente ao meu carro. Estava andando calmamente e segurava em sua mão uma pistola cromada ou prateada. Vi o exato momento em que ele colocou a pistola no bolso da calça. Ele olhou para o carro, retirou a pistola do bolso e seguiu andando com a arma na mão", contou o magistrado.

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