Publicado em 26 de agosto de 2019 às 19:22
Investigado pela Operação Replicante, do Ministério Público Estadual (MPES), o irmão da deputada federal Norma Ayub (DEM) Itamar Ayub Alves foi exonerado do cargo comissionado de chefe da Ciretran de Marataízes na última sexta-feira (23).>
Itamar chegou ter a prisão temporária decretada no último dia 12 e ficou quatro dias preso. Ele ocupava o cargo desde 19 de março deste ano.>
A Operação Replicante foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para apurar a existência de uma organização criminosa destinada à prática de fraudes em registros de veículos no Espírito Santo, mediante inserção de dados e documentos falsos no sistema do Detran-ES.>
Segundo o advogado e irmão de Itamar, Yamato Ayub, foi o próprio servidor quem requereu a exoneração ao órgão. "Ele achou que não deveria mais continuar, embora não tivesse nada comprovado contra ele. Estava ocorrendo muita especulação, vinculando a situação à Norma, ao deputado Theodorico Ferraço (DEM), o que não era correto", explicou.>
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O diário oficial da última sexta-feira registra que a exoneração foi mesmo a pedido.>
Yamato também falou sobre as investigações relativas a Itamar. "Foram feitas interceptações telefônicas e também foram identificadas transferências para a conta do Itamar. Mas elas são feitas por um primo, que mora no Rio de Janeiro, e envia dinheiro para Itamar ajudar na assistência ao pai, que sofre de esclerose. Isso já ficou tudo esclarecido nos depoimentos", disse.>
Na Operação Replicante estão sob investigação 895 registros de veículos, uma fraude estimada em mais de R$ 100 milhões. As investigações revelaram provas de fraudes no registro de veículos em nome de inúmeras pessoas, com mais de 400 proprietários "laranjas".>
Haveria a utilização de notas fiscais falsas contendo números de chassis correspondentes a veículos exportados ou comercializados ao Exército Brasileiro, bem como corrupção de servidores públicos do Detran.>
Além de golpes de seguro e financiamento, os registros eram utilizados para permitir a livre circulação de veículos roubados no Espírito Santo. A apuração dos fatos tramita sob sigilo, e tem o apoio da Receita Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Assessoria Militar ao MPES.>
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