Publicado em 27 de janeiro de 2018 às 01:34
A gente nunca esperava uma coisa dessas. A frase de um familiar da professora de Geografia Danielly Wandermurem Benício, 36 anos, mostra a surpresa dos parentes, amigos e colegas de profissão ao saberem que ela pode não ter morrido da forma que eles imaginavam.>
Danielly, que era professora em um colégio particular de Vitória, foi encontrada morta no dia 30 de dezembro do ano passado, dentro da cobertura onde morava com o marido, em Jardim Camburi, Vitória.>
Inicialmente, o caso foi tratado como suposto suicídio pelos investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção á Pessoa (DHPP), que atenderam a ocorrência no local.>
Porém, no último dia 17 de janeiro, 18 dias após a morte de Danielly, o marido dela, o engenheiro eletricista Patrick Noé dos Santos Filgueiras, 38, acabou preso, suspeito de assassinar a mulher.>
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Em primeiro momento, ao noticiar a prisão dele, a reportagem não divulgou os nomes dos dois pelo fato da Polícia Civil não ter confirmado a suspeita que recai sobre Patrick.>
Porém, ao ser questionado se sabia que o motivo da prisão de Patrick era o fato dele ser suspeito de ter matado Daniely, o familiar confirmou. Sim. Ficamos sabendo da prisão dele um dia depois que aconteceu. Para nós foi uma grande surpresa, disse o parente, que não quis se identificar.>
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou que Patrick está preso, desde o dia 17, por suspeita de assassinato. A prisão temporária foi decretada pela 1ª Vara Criminal de Vitória.>
SIGILO>
O caso está sendo investigado, sob sigilo da Justiça, na Delegacia Especializada em Homicídios Contra a Mulher (DEHCM). Procurado, o delegado Janderson Lube não quis comentar as investigações.>
O advogado do engenheiro, Bernardo Coelho Santana, preferiu não se manifestar e disse que qualquer suspeita sobre o cliente dele é inverídica. Não comentar o caso também foi a posição tomada pela advogada que representa a família de Danielly, Arlete Barreto de Araújo.>
O fato do caso estar sob sigilo também impediu o familiar que conversou com a reportagem de comentar sobre o inquérito policial. Ele afirma que, no momento certo, a família irá se pronunciar. A gente está acompanhando, mas a polícia não abriu o caso publicamente. Então até isso acontecer, a gente também não pode falar.>
O corpo de Danielly foi enterrado em Rio Novo do Sul, no Sul do Estado, onde a família dela reside.>
IMAGENS>
Imagens das câmeras do condomínio estão ajudando a polícia a esclarecer as circunstâncias da morte de Danielly. Todos os corredores de acesso ao local, além dos elevadores do prédio, possuem videomonitoramento.>
A polícia já tem o laudo pericial do local e o resultado do laudo cadavérico. O delegado tem, a partir do dia da prisão, 30 dias para concluir o inquérito policial, podendo prorrogar por mais 30 dias.>
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