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Saiba quem são as vítimas do ataque que deixou mortos em morro de Vitória

Saiba quem são as vítimas do ataque que deixou mortos em morro de Vitória

Dentre os três mortos pelos criminosos, dois não tinham passagem pela polícia

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 11:47

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Luiz Fernando da Conceição Gomes de 18 anos (camisa branca e relógio); Patrick Oliveira de Souza de 26 anos (boné e camisa preta) e Wemerson da Silva Lima, conhecido como Perreco, de 23 anos. (Reprodução)

Após o ataque que resultou na morte de três pessoas e deixou dois baleados na noite desta segunda-feira (14) no alto do morro do bairro Moscoso, na divisa com o Morro da Piedade, em Vitória, a polícia divulgou a identificação das vítimas na manhã desta terça-feira (15). Dentre os mortos, dois não tinham passagem pela polícia. 

O tio de um desses jovens fez um desabafo. "Isso é uma vergonha. Meu sobrinho está morto. Estou revoltado. Secretário disse que teriam 15 policiais aqui e só tem 2. Não é a primeira vez que acontece isso não", afirmou um tio de Luiz Fernando da Conceição Gomes, de 18 anos.

Sobre a crítica do parente da vítima, o comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Sártorio, afirmou que que não poderia dizer quantos policiais atuam na comunidade por uma questão de estratégia, mas que o policiamento era suficiente.

Os disparos começaram por volta das 20h em uma praça do bairro, onde os moradores costumam se reunir.  Veja os detalhes do crime. 

LOCAL

O crime ocorreu na parte mais alta do Morro do Moscoso, ambiente conhecido com "Poeirão", divisa entre os Morros da Piedade e Moscoso.

CÁPSULAS

A perícia criminal compareceu ao local dos fatos e foram encontradas aproximadamente 40 cápsulas calibres .380 e 9mm. As vítimas que morrem tiveram, aproximadamente, cada uma, de 10 a 15 perfurações.

CRIMINOSOS

Populares informaram à polícia que o grupo que invadiu era composto por 12 homens.

MORTOS

- Luiz Fernando da Conceição Gomes, 18 anos, morador do bairro Piedade, estudante, sem passagem pela polícia.

- Patrick Oliveira de Sousa, 26 anos, coletor de lixo em Vitória, ajudante de pedreiro nas horas vagas, sem passagem pela polícia, morador do bairro Cobilândia, em Vila Velha. Estava visitando a mulher que está grávida, no Morro da Piedade, é amigo do coletor de lixo que foi baleado, mas sobreviveu. 

- Wemerson da Silva Lima, 23 anos, morador do Morro da Piedade, estudante, sem profissão, possui passagem por tráfico de drogas, no ano de 2016. Estava na praça lanchando com as vítimas, quando ocorreu o crime de homicídio.

BALEADOS

- Coletor de lixo, 28 anos, morador do Morro da Piedade, tem passagens por associação ao tráfico, tráfico de drogas e furto qualificado mediante rompimento de obstáculo à subtração da coisa e concurso de pessoas.

- Adolescente, 15 anos, sem passagem pela polícia, atingida por um disparo de arma de fogo na região da perna. Ela contou à polícia que estava lanchando com as vítimas quando chegaram dois indivíduos efetuando disparos de armas de fogo.

NOITE DE TERROR

Policiais ocuparam o morro após o ataque. (Marcelo Prest)

Uma noite de terror para os moradores dos morros do Moscoso e da Piedade, em Vitória. Um tiroteio resultou em três mortos e dois feridos nesta segunda-feira (14) no Morro do Moscoso, no limite com a Piedade, em Vitória. 

O local foi alvo de um ataque de bandidos. Dentre os feridos, há uma adolescente de 15 anos. Ela estava na praça do bairro com o namorado quando tentou protegê-lo e acabou atingida duas vezes. O namorado morreu no local.

Um jovem de 28 anos, que é coletor de lixo, também foi baleado. Ele tinha ido ao bairro buscar uma televisão para consertar quando foi surpreendido com os tiros. O homem foi atingido no pescoço e socorrido pela esposa. 

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Após o crime, cerca de 50 moradores das partes mais altas do morro, incluindo crianças, desceram até a quadra, que fica na parte baixa da Piedade. Aterrorizados, muitos afirmam que vão se mudar do local já pela manhã. Eles afirmam que a base da polícia, que fica na parte baixa, não aumentou a segurança para aqueles que moram no alto, onde a violência é mais frequente.

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