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Policiais flagrados transportando maconha são condenados

Policiais flagrados transportando maconha são condenados

Dois policiais civis e um militar foram condenados por tráfico de drogas e associação ao tráfico após serem pegos transportando cerca de 350 quilos de maconha no ano passado

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 15:46

 - Atualizado há 6 anos

Delegacia de Entorpecentes (Deten), no bairro Novo Horizonte Crédito: Arquivo A Gazeta / Marcos Fernandez

Dois policiais civis e um militar foram condenados por tráfico e associação ao tráfico, pouco mais de um ano depois de serem detidos enquanto transportavam, com outras três pessoas, 369 quilos de maconha, em Carapebus, na Serra.

A condenação de Fábio Barros Kiefer, da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Vila Velha, Paulo Augusto Xavier da Costa, Delegacia de Divisão de Crimes Funcionais (DPS) e Johnny Cau Pereira, da 3ª Companhia do 7° Batalhão, em Cariacica, saiu na última terça-feira (14) e foi expedida pela juíza Letícia Maia Saude, da 2ª Vara Criminal da Serra.

Fábio, policial civil, foi condenado a 16 anos e 8 meses de prisão. Paulo, também policial civil, e Jhonny, policial militar, foram condenados a 15 anos e dois meses de prisão. Para os três a magistrada também decretou a perda do cargo público.

Os outros envolvidos são Carlos Eduardo de Jesus Pereira, o Paulista, Edivan Gonçalves de Souza e a mulher dele, Pâmela Pereira dos Santos. Todos os acusados, com exceção de Pâmela, foram condenados. A esposa de Edivan foi absolvida porque a juíza entendeu que não havia provas suficientes para sua condenação.

Carlos Eduardo e Edivan foram condenados a 7 anos de prisão. Todos cumprirão pena em regime fechado e sem direito de recorrerem em liberdade. 

De acordo com a sentença, os acusados transportavam 331 tabletes de maconha, um total de 369 quilos, guardados no porta-malas de um veículo Ford Ka. A droga estava embalada e preparada para comercialização. 

INVESTIGAÇÕES

Os Policiais Civis da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Serra/ES (Deten), já investigavam Carlos Eduardo após receber denúncias de que ele receberia uma carga vinda dos estados de Minas Gerais e da Bahia. A droga chegaria ao estado em carros de passeio que estariam em caminhões de carga, em caminhões cegonhas ou guinchos.

Havia também informações de que a droga seria descarregada na casa de um outro denunciado, Edivan, em Carapebus. A partir dessas denúncias, duas equipes da Deten acompanharam a movimentação na entrada de Balneário Carapebus e em frente à casa de Edivan.

De acordo com os autos do processo, no momento da abordagem o policial civil acusado, Paulo Augusto Xavier, dirigia o veículo do modelo Ford Ka, que transportava a droga. Johnny Cau Pereira, policial militar, o outro policial civil, Fábio Barros Kiefer, e Edivan Gonçalves de Souza, estavam em um outro veículo, do modelo Gol.

Dentro do Ford Ka, os policiais civis da Deten encontraram 331 tabletes de maconha. Já no segundo veículo, o Gol que pertencia a Paulo, foram encontrados cinco pacotes de cigarro procedentes do Paraguai.

Além do material que estava nos veículos, foram encontrados com os policiais uma pistola da Polícia Militar e duas pistolas e um par de algemas da Polícia Civil do Estado.

Ainda segundo o processo, quando foram detidos, os policiais afirmaram que haviam realizado a apreensão das drogas e que as levariam para a Delegacia de Polícia Civil do município.

OS POLICIAIS

Os dois policiais civis estavam há mais de 20 anos na polícia. Um deles atuava da Delegacia de Crimes Conta a Vida (DCCV) de Vila Velha. O outro, atuava na Divisão de Promoção Social (DPS). Já o soldado, está na PM desde 2011. Atualmente, ele estava lotado no 7º Batalhão da PM, em Cariacica.

“O soldado já responde a processos referentes a outros tipos de crimes. Caso confirmado participação no tráfico, ele pode ser preso e expulso da PM”, disse o coronel Brezinski, corregedor da PM, na época.

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