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PMs flagrados com drogas no trabalho continuam presos em Vitória

PMs flagrados com drogas no trabalho continuam presos em Vitória

Policiais foram autuados em flagrante durante operação do MPES na quinta-feira (15); eles foram encontrados com drogas na unidade de trabalho

Publicado em 16 de outubro de 2020 às 21:14

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Quartel da PM em Maruípe: aposentadoria está agitando os militares neste fim de ano
Policiais estão em presídio do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar. (TV Gazeta)

Detidos desde a manhã da quinta-feira (15), o soldado Leonardo Verbeno Pereira e o cabo Werlem Charles Andrade Ramos continuam presos no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, que fica no bairro Maruípe, em Vitória. A permanência deles no presídio foi confirmada pela assessoria da PM na noite desta sexta-feira (16).

Os dois policiais foram alvos de um mandado de busca e apreensão, cumprido durante uma operação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).  Durante a abordagem, ambos acabaram autuados em flagrante no Artigo 290 do Código Penal Militar, já que foram encontradas drogas e armas falsas no local de trabalho deles.

Membros da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado (ACS-ES), os policiais têm o caso acompanhado pela entidade. Diretor jurídico, Carlos Antônio Pereira dos Santos explicou que o pedido de Habeas Corpus está sendo elaborado e deve ser levado à Justiça.

Segundo ele, os acusados foram prejudicados pela não realização da audiência de custódia, que era aguardada para esta tarde. "Os autos do processo deveriam ter sido enviados pela Corregedoria da PM para o plantão judiciário dentro de 24 horas, o que não aconteceu. Dessa forma, a audiência só deve acontecer amanhã (sábado, 17). O direito deles está sendo violado", alegou.

Por meio de nota, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) não esclareceu se o envio dos autos aconteceram corretamente, apenas afirmou que "deveriam ser encaminhados para audiência de custódia, o que já foi feito". Outros detalhes não foram passados porque o caso tramita em segredo de justiça.

Já a Polícia Militar garantiu que "toda a documentação foi enviada na data de ontem (quinta-feira), após finalização dos procedimentos, para a Vara de Auditoria Militar". "A partir de agora, o juiz determinará a manutenção ou não da prisão. Os militares continuam detidos no Quartel do Comando Geral", afirmou.

DROGAS NA VIATURA E ARMAS FALSAS NAS MOCHILAS

A prisão dos dois policiais aconteceu dentro da 2ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar, que fica na Praia de Gaivotas, em Vila Velha. De acordo com o relatório da detenção, eles estavam em uma viatura da PM, quando foram abordados pelos agentes.

Escondidos debaixo do tapete do motorista, estavam quatro buchas de maconha e um pino de cocaína. Além de um pen drive, cujo conteúdo não foi divulgado. Dentro da mochila do cabo ainda tinha uma arma falsa; e na do soldado, uma pistola falsa e sete pinos de cocaína. Nas residências deles, nada de ilegal foi encontrado.

2ª FASE DA OPERAÇÃO PATREM

A prisão dos dois policiais militares aconteceu durante a segunda fase da Operação Patrem, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Corregedoria-Geral da PM. O objetivo é desarticular grupos que têm planejado e executado crimes na Grande Vitória.

Nos trabalhos de quinta-feira (15) era esperado o cumprimento de 18 mandados de prisão e outros 19 de busca e apreensão nas cidades de Cariacica, Vitória e Viana. Além do soldado Leonardo Verbeno Pereira e do cabo Werlem Charles Andrade Ramos, foram presas outras quatro pessoas, que não tiveram os nomes divulgados.

As investigações tiveram início em março. Com monitoramento, foi possível interceptar e gravar conversas entre os investigados, nas quais eram discutidos detalhes da comercialização de drogas, da obtenção de recursos financeiros e de armas de fogo e de aliciamento de adolescentes.

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