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PMs são presos em flagrante com drogas e armas falsas em operação do MPES

PMs são presos em flagrante com drogas e armas falsas em operação do MPES

As prisões ocorreram na manhã desta quinta-feira (15). Além dos militares, outras quatro pessoas foram presas e as diligências em andamento devem cumprir 18 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão em Cariacica, Vitória e Viana

Publicado em 15 de outubro de 2020 às 10:03

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Data: 27/12/2019 - ES - Vitória - Fachada da sede do Ministério Público do Estado do Espírito Santo
Ministério Público do Estado do Espírito Santo deflagrou operação, por meio do Gaeco. (Carlos Alberto Silva)

Dois policiais militares foram presos em flagrante na manhã desta quinta-feira (15) com drogas e armas de fogo falsas (simulacros). As prisões foram feitas durante a fase 2 da Operação Patrem, do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES). Além deles, outras quatro pessoas também foram presas.  As diligências estão em andamento e planejam cumprir 18 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão em Cariacica, Vitória e Viana.

A investigação instaurada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPES, com cooperação da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, tem o objetivo de desarticular grupos criminosos que têm planejado e executando crimes, em especial o tráfico de entorpecentes, em Cariacica e na região da Grande Vitória.

CORRUPÇÃO

O Ministério Público informou que deflagrou a segunda fase da operação para cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Auditoria Militar. Os dois policiais, que não tiveram os nomes divulgados, são investigados pelo MPES por crimes militares, dentre eles corrupção passiva, em Procedimento Investigatório Criminal.

Os militares foram presos em flagrante e na posse de substâncias entorpecentes e armas falsas e levados para o presídio do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória. De acordo com a assessoria da Polícia Militar, eles foram autuados no artigo 290, do Código Penal Militar, que delimita como crime "receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, ainda que para uso próprio, guardar, ministrar ou entregar de qualquer forma a consumo substância entorpecente, ou que determine dependência física ou psíquica, em lugar sujeito à administração militar, sem autorização ou em desacordo com determinação legal". 

INVESTIGAÇÃO COMEÇOU EM MARÇO

As apurações de possíveis infrações militares foi aberta pelo Ministério Público após a realização da primeira fase da Operação Patrem investigações começaram em março e foram auxiliadas diretamente pela Polícia Militar. Com o monitoramento foi possível interceptar e gravar várias conversas entre os investigados, em que eram discutidos abertamente detalhes da comercialização de entorpecentes, a forma como são obtidos os recursos financeiros necessários para a manutenção de suas atividades, bem como posse e porte ilegal de armas de fogo e aliciamento de adolescentes para a prática de tais crimes.

Os trabalhos de deflagração da fase ostensiva da Operação Patrem contaram com 96 policiais militares, que atuaram na prisão e condução dos investigados, buscas e apreensão de objetos.

O QUE DIZ A POLÍCIA MILITAR

Atualização: Procurada pela reportagem, a Polícia Militar reforçou que prestou apoio, a convite do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, na segunda fase da Operação Patrem. Os policiais presos foram conduzidos até a sede da Corregedoria-Geral, onde serão autuados.

"O objetivo era o cumprimento de mandando de busca e apreensão nas residências de dois militares, que estariam envolvidos de alguma forma nas investigações do MPES. Como os policiais estavam saindo do expediente operacional, também foram checados pertences pessoais e a viatura que era utilizada, sendo encontrados entorpecentes e simulacro de arma de fogo na posse dos dois. Eles foram conduzidos até a sede da Corregedoria-Geral onde serão autuados. O procedimento ainda está em andamento", diz a nota.

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