Um policial militar de 41 anos, de Linhares, no Norte do Espírito Santo, foi preso na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, após denúncias de que ele e outros homens armados estariam escoltando um caminhão com dois tratores furtados de uma fazenda. Segundo a Polícia Militar mineira, os suspeitos teriam sido contratados por um homem para ir à propriedade rural cobrar uma dívida e levaram os tratores como pagamento. Eles foram presos durante abordagem na rodovia MG 217.
De acordo com o boletim unificado da Polícia Militar, o caso ocorreu na última sexta-feira (17). Três suspeitos, que estavam armados no momento da abordagem, se identificaram como policiais: Charleston Vieira Nogueira, como cabo da PM; Joelson da Silva Anizio, de 48 anos, como policial civil do Espírito Santo; e Igor Souza Macedo, de 34 anos, como policial federal do Rio de Janeiro. No entanto, os militares constataram que os documentos apresentados por Joelson eram falsos e ele confessou que não era policial.
Outro suspeito, identificado como Leonir Antonio Malavasi, afirmou para a Polícia Militar que teria contratado os três homens por temer pela sua segurança enquanto fosse cobrar o valor da dívida. Ele disse que não encontrou o homem que estaria devendo para ele e levou os tratores como pagamento.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que os quatro homens foram conduzidos e ouvidos por meio da Central Estadual de Plantão Digital. Joelson, que se passou por policial civil, foi preso em flagrante por extorsão e porte ilegal de arma de fogo, enquanto que os demais por extorsão.
Joelson e Leonir foram encaminhados ao sistema prisional. O policial federal Igor foi transferido para o Rio de Janeiro, e Charleston, o PM, para o Espírito Santo, segundo a Polícia Civil.
A defesa de Charleston, representada pela advogada Ludmara Barbosa, informou que o policial militar era amigo de Leonir, e aceitou acompanhar o homem para a proteção dele. Segundo ela, o PM estava armado, mas em nenhum momento fez menção de pegar a arma, nem usou de ameaças na ocasião.
A advogada afirmou que não houve crime e que não há provas que apontem o envolvimento do policial militar em uma ação ilegal.
A reportagem procurou a Polícia Militar do Espírito Santo para informar qual a situação do policial com a corporação. Veja a nota na íntegra.
A Polícia Militar informa que tem conhecimento da prisão do Policial Militar no Estado de Minas Gerais, sendo que a Corregedoria já se encontra acompanhando o caso, e assim que a Justiça disponibilizar a documentação, irá analisar o procedimento administrativo a ser instaurado.
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