Publicado em 2 de abril de 2019 às 12:12
Um policial militar da Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp) foi preso durante a madrugada desta terça-feira (2), em um bar de Jardim Camburi, Vitória, depois de não concordar com o valor cobrado na comanda e iniciar uma briga no local, além de efetuar disparos. A PM foi acionada e o militar foi encaminhado à Delegacia Regional de Vitória.>
Lucas de Figueiredo Pereira, 33 anos, estava no local bebendo e jogando pôquer com amigos. De acordo com o dono do bar, no momento em que o PM foi pagar a conta, ele não concordou com o valor cobrado, se revoltou e começou a discutir com as pessoas que estavam no bar, sacou a arma, agrediu o dono do estabelecimento com coronhadas na cabeça e deu tiros para o alto.>
DEPOIMENTO>
Em depoimento, o dono do bar, de 49 anos, disse que o policial, na hora de pagar a conta, não concordou com o valor. O comerciante afirmou que o policial consumiu 16 garrafas de cerveja, que somaram R$ 180, mas o PM teria afirmado só ter consumido 11 garrafas. O comerciante chegou a mostrar para ele as garrafas vazias, mas, mesmo assim, ele não aceitou, deu uma coronhada e um soco no nariz do comerciante e atirou para o alto.>
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Ainda em depoimento, o dono do bar contou que, depois de ser agredido, o militar correu atrás dele em direção à cozinha do bar, o ameaçando de morte. O homem conseguiu trancar a porta e saiu correndo pela porta da frente. Foi quando conseguiu acionar a Polícia Militar, e uma viatura foi até o local.>
AUTUAÇÃO >
A PM foi acionada e Lucas foi detido e levado para a Delegacia Regional de Vitória. A arma que estava com ele, uma pistola 9 milímetros, foi apreendida pelos policiais que atenderam a ocorrência. Ele foi levado para a delegacia, a princípio, pela agressão ao dono do bar e também por disparo de arma de fogo.>
Na delegacia, Lucas se reservou no direito de só falar em juízo e não quis depor. O militar foi autuado por disparo de arma de fogo, lesão corporal, ameaça e encaminhado ao quartel da PM, em Maruípe, pela Corregedoria. >
POLÍCIA CIVIL>
A Polícia Civil informa que o conduzido foi autuado em flagrante por disparo de arma de fogo, ameaça e lesão corporal, e foi encaminhado ao presidio.>
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POSICIONAMENTO DA PM>
A Polícia Militar, em nota, informa que a conduta esperada de seus integrantes é a de agente promotor da paz social e ressalta veementemente que não coaduna com ações ilegais, que exponham ao risco pessoas inocentes.>
O ocorrido será analisado através do devido processo legal para que as circunstâncias sejam avaliadas adequadamente.>
Com informações de Daniela Carla, da TV Gazeta>
NO RIO, PM FOI PRESO APÓS AGREDIR MULHER POR ERRO EM LANCHE>
Em uma situação parecida, mm policial militar que trabalha no 9º Batalhão do Rio de Janeiro foi preso no dia 21 de março, sob a acusação de agredir uma mulher que trabalha em uma lanchonete de Curicica, na zona oeste do Rio, por causa de um problema no atendimento. A agressão foi registrada pela câmera de segurança da lanchonete. O PM arrastou a mulher pelos cabelos e a agrediu violentamente. A vítima desmaiou e levou três pontos na cabeça.>
Segundo a vítima narrou à Polícia Civil, a mulher do PM Augusto Cesar Lima Santana usou um aplicativo de celular para pedir um lanche nesse estabelecimento comercial. A comida encaminhada foi diferente do pedido, e o policial ligou para reclamar. Houve uma discussão por telefone e, segundo a vítima, o homem disse que era delegado da Polícia Federal (PF), fez xingamentos e disse que iria buscar a atendente numa viatura da PF.>
Ele chegou rendendo os motoboys (que estavam na porta da lanchonete) com uma arma. Depois foi até o balcão, e aí já começaram as agressões, narrou a vítima à TV Globo. Ele já virou a mão na minha cara, me pegou dentro do balcão, me arrastou pelo cabelo até a calçada, e deu chute na costela, chute na cara. Botou a arma na minha cabeça, botou a arma no meu pescoço, enfim. Eu desmaiei, não me lembro de mais nada, afirmou.>
Santana foi preso em flagrante depois de prestar depoimento à 32ª DP (Taquara). Segundo o delegado Maurício Mendonça, responsável pelo caso, o policial alegou que a funcionária do estabelecimento errou ao atender seu pedido e que isso o deixou descontente. Ele pode ser condenado pelos crimes de lesão corporal, injúria, ameaça e falsa identidade por ter se passado por delegado da Polícia Federal, segundo a vítima.>
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