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PM conclui que militar que deu tapa em adolescente cometeu crime

PM conclui que militar que deu tapa em adolescente cometeu crime

A confusão envolvendo o policial, um empresário, pai da jovem, e a adolescente aconteceu em setembro, na Avenida Norte Sul, próximo ao Parque da Cidade, na Serra

Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 16:55

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Discussão de trânsito terminou com adolescente agredida com tapa no rosto. (Reprodução)

Três meses após um policial agredir uma adolescente, de 14 anos, com um tapa no rosto, durante uma discussão de trânsito, a Polícia Militar concluiu que o sargento Isaías Segades de Souza, de 50 anos, cometeu crime e deve ser julgado pela Justiça comum. A PM ainda prometeu instaurar um procedimento administrativo que vai apurar a conduta do militar. 

A confusão envolvendo o policial, o pai da adolescente, o empresário Odorico Coelho e a jovem aconteceu em setembro, na Avenida Norte Sul, próximo ao Parque da Cidade, na Serra. A menina seguia com o pai pela avenida quando o carro em que estavam colidiu com o carro do policial. A batida gerou muita discussão e, em um dado momento, após levar um empurrão da jovem, o PM revidou com um tapa na cara da menina. A cena foi registrada por passageiros que estavam dentro de um ônibus (veja vídeo abaixo)

O QUE DIZ A POLÍCIA MILITAR

Após Inquérito Policial Militar, a PM concluiu que houve transgressão à disciplina por parte do sargento. "A Polícia Militar informa que o Inquérito Policial Militar (IPM) relativo ao fato foi concluso com a existência de crime comum e transgressão à disciplina. O inquérito será encaminhado à Justiça. Paralelamente, será instaurado um procedimento administrativo que apurará a conduta do militar", diz a nota encaminhada ao Gazeta Online pela PM.

"TEM QUE SER EXONERADO", DIZ PAI

O empresário Odorico Coelho, de 50 anos, pai da adolescente agredida, garante não estar satisfeito com o resultado do inquérito policial. Para ele, o sargento - que chegou a ser afastado das funções após o caso - deve ser exonerado.  

"Tudo bem ele ser julgado pela Justiça comum, mas, no meu entendimento, não resolve. Além da agressão absurda e inadmissível contra uma menina, houve cinco botinadas na minha cabeça, tive que fazer duas tomografias. A única coisa compatível com a situação é exoneração dele. Ele tem que ser exonerado imediatamente. Segundo a constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Estado tem que proteger e não agredir. Toda vez que um PM agride alguém, é o estado que está agredindo. Se ele não for exonerado, a corregedoria está sendo conivente com isso", criticou.

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