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Pai é preso por estuprar filha e enteada em Vila Velha

Pai é preso por estuprar filha e enteada em Vila Velha

Adolescente de 14 anos, filha do acusado, procurou sozinha o Conselho Tutelar. A irmã dela, de 11 anos, também era abusada

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 20:15

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Após ser preso, o acusado confessou os crimes e tentou culpar as vítimas. (Divulgação | Polícia Civil)

Um encarregado de limpeza de 47 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (1) em Vila Velha por estuprar a própria filha de 14 anos e a enteada de 11 anos. Segundo a polícia, os abusos aconteciam havia cerca de um ano, enquanto a mãe da menina de 11 anos ia para a igreja.

De acordo com o delegado Diego Aleluia, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o homem vivia na mesma casa com a filha, cuja mãe mora em São Paulo, a enteada e a companheira, mãe da menina mais nova. O casal estava junto há quatro anos.

"Na última sexta-feira (26), a filha do acusado saiu de casa e foi ao Conselho Tutelar, onde contou que estava sofrendo os abusos por parte do pai. O Conselho acionou a Polícia militar e os envolvidos foram encaminhados ao Plantão Especializado da Mulher (Pem). Todos foram ouvidos e ficou verificado a ausência de estado flagrancial e, razão do último abuso ter acontecido há uns dias. A delegada plantonista pediu a prisão preventiva do investigado e o caso foi encaminhado à DPCA", contou. 

De acordo com o delegado, a DPC iniciou as investigações e na manhã desta quinta-feira (01) o localizou em uma casa, em Vila velha. Na delegacia, ele confessou os abusos contra a filha e a enteada há cerca de um ano. 

As vítimas contam que os abusos ocorriam já há um ano, sempre que a mãe da vítima de 11 anos ia para os cultos ou compromissos na igreja. O delegado explica que o homem intercalava o abuso com a filha e a enteada dentro do quarto do imóvel.

OS ABUSOS

"Os abusos aconteciam sempre que a mãe da menina de 11 anos ia à igreja para cultos ou compromissos. Ela não percebeu o que as meninas estavam sofrendo, porque o abusador aproveitava do oportunismo, em razão dele praticar os abusos quando ela saía da residência. Ele se trancava no quarto com uma das meninas, despia a roupa delas e tocava nas partes íntimas das vítimas, praticando atos libidinosos. Os abusos que as duas sofriam eram intercalados", conta.

MEDO

Diego Aleluia afirma que as vítimas tiveram medo de denunciar devido ao comportamento do homem, que era bastante violento. Além disso, explica que é comum que vítimas de estupro, principalmente quando são vulneráveis, se sintam culpadas pelo abuso.

"Infelizmente as vítimas desses tipos de casos, em razão da vulnerabilidade, se sentem culpadas pelo abuso. Por isso, sentem vergonha, medo e culpa. O que ela precisa saber é que é exatamente o contrário: ela é a vítima, ela tem que denunciar e a Polícia Civil do Espírito Santo está aqui para apurar esse tipo de ocorrência". 

MENINA DE 11 ANOS TAMBÉM DENUNCIOU

Após vítima de 14 anos denunciar o pai, na última sexta-feira, a enteada de 11 anos contou que também estava sofrendo abusados. Ela contou à polícia que os abusos começaram há aproximadamente três anos e o último teria acontecido há duas semanas. De acordo com a menina, sempre que a mãe saía de casa, o padrasto a levava para o quarto e cometia o crime. Logo após, ele dava dinheiro a ela, cerca de cinco reais, ou um pacote de chips.

A criança ainda contou que sabia que o padrasto também abusava da filha dele de 14 anos, que mora na mesma casa. Segundo a menina, ela nunca teve coragem de contar o que acontecia por medo da polícia retirá-la de perto da mãe. A denúncia foi feita após a menina relatar os abusos à irmã mais velha, de 30 anos.

Segundo a irmã da vítima, ela desconfiou que algo estivesse acontecendo após a filha do suspeito, de 14 anos, ter fugido de casa e ido até o Conselho Tutelar. Ao pressionar a criança, ela teria confessado que também sofria abusos por parte do padrasto. Com isso, ela acionou a polícia.

PEDIDO DE PERDÃO

O padrasto foi encaminhado ao Plantão da Mulher, junto com a mãe da criança. Ao ser questionado sobre o estupro de vulnerável, ele ficou em silêncio. Já a mãe da criança disse nunca ter desconfiado dos abusos, mas que a criança frequentemente pedia para sair com ela ou ficar na casa da irmã. Ela ainda contou que, ao questionar o marido sobre o crime, ele pediu perdão à ela.

Ao ser preso pela DPCA na manhã desta quinta-feira (01), o acusado confessou os crimes e tentou colocar a culpa nas meninas. Ele foi autuado por estupro de vulnerável e encaminhado ao presídio.

*O nome do suspeito e o bairro onde a violência ocorreu não serão divulgados para não identificar as vítimas. 

 

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