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Mulher que matou o filho na Serra já havia sido denunciada pelo ex

Mulher que matou o filho na Serra já havia sido denunciada pelo ex

Homem contou que Driele Figueiredo Pires é muito agressiva e tentou matá-lo. Ele contou que fez a denúncia no Conselho Tutelar em dezembro pois ela também estava tentando contra a vida dos filhos

Publicado em 7 de março de 2022 às 13:51- Atualizado há 2 anos

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Driele Figueiredo Pires, de 28 anos, que está grávida de oito meses, confessou aos policiais militares ter assassinado o próprio filho
Driele Figueiredo Pires, de 28 anos, que está grávida de oito meses, confessou aos policiais militares ter assassinado o próprio filho. (Vitor Jubini)

Um ex-namorado de Drielli Figueiredo Pires, de 28 anos, presa neste domingo (6) após confessar ter matado o filho de 7 anos no bairro Nova Carapina I, na Serra, contou para a reportagem da TV Gazeta que em dezembro do ano passado já havia procurado o Conselho Tutelar do município para registrar uma denúncia contra a mulher.

Segundo o homem, Drielli é muito agressiva e tentou matá-lo. Ele contou que fez a denúncia no Conselho Tutelar pois ela também estava tentando contra a vida dos filhos e, por isso, procurou o Conselho no dia 16 de dezembro.

O pai de Drielli, que mora na Bahia, disse que ela tem outros filhos. Uma das crianças foi doada quando ainda era bem pequena. O filho mais velho da mulher mora com o avô na Bahia, uma outra criança, de três anos, foi levada pelo pai para a Região Serrana do ES. O menino que morreu, de 7 anos, era o filho do meio. O menino de 5 anos, que estava com ela no momento da prisão, foi levado para o Conselho Tutelar.

PAI DA CRIANÇA ESTÁ PRESO

O pai de Drielli alegou que não tem condições de vir para Vitória para fazer a liberação do corpo do neto, Gabriel Figueiredo Pires, de 7 anos, que completaria 8 anos agora em julho. Na certidão de nascimento do garoto não consta o nome do paia de Gabriel, mas o avô contou o pai dele mora no Paraná e está preso em um presídio de lá e que, por isso, ainda não sabe quem vai vir ao Departamento Médico Legal para fazer a liberação do corpo.

O QUE DIZ A DEFESA

A defesa de Drielli Figueiredo Pires, feita pelo advogado Pedro Ramos, comunicou, por meio de nota, que "se reservará no direito de analisar o caso e manifestar-se no desenrolar do processo, asseguradas as garantias constitucionais da mesma [sic]".

O CRIME

O corpo do menino foi encontrado pela Polícia Militar durante a manhã deste domingo após uma denúncia anônima. Policiais militares foram até o local onde a família vivia, uma casa alugada, e encontraram o corpo do menino escondido.

Ele estava enrolado em um lençol, com marcas de sangue, dentro da casa onde a mãe morava. Ao lado do corpo foi encontrada uma machadinha. A perícia da Polícia Civil, no entanto, afirmou à reportagem da TV Gazeta que a criança morreu asfixiada. No momento, Driele não estava no local. Ela foi encontrada logo depois, caminhando pela região, com um outro filho, de 5 anos.

Driele foi levada para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento. Segundo a polícia, "ela disse que o filho era muito rebelde" e, por isso, o matou. Ela contou à polícia que usou um travesseiro para asfixiar a criança até a morte. Depois, enrolou o menino em um lençol e escondeu o corpo. A mãe ainda teria tentado se livrar do corpo e fugir, mas não conseguiu.

Com a mulher foi encontrada uma bolsa com uma garrafa de bebida, um pino de cocaína, celular e dinheiro, de acordo com a Polícia Militar. O Conselho Tutelar foi acionado.

Há suspeita de que o assassinato tenha sido cometido há dias, mas que só tenha sido descoberto neste domingo, após uma denúncia anônima.

Uma vizinha contou que Driele estava tendo comportamentos estranhos desde a sexta-feira (4), usando apenas roupas pretas e dizendo estar de luto pela morte de algum familiar.

Polícia encontrou criança morta em casa no bairro Nova Carapina, na Serra
Polícia encontrou criança morta em casa no bairro Nova Carapina I, na Serra. (Diony Silva/TV Gazeta)

Vizinhos ouvidos pela reportagem da TV Gazeta relataram que a criança morta não morava com a mãe e passava apenas alguns dias com ela.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a mulher foi autuada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e posse de entorpecentes para consumo próprio. Ela foi encaminhada ao Centro de Triagem de Viana (CTV).

Errata Atualização
7 de março de 2022 às 16:45

A defesa de Drielli enviou nota. A matéria foi atualizada.

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