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Mulher é presa acusada de matar marido para ficar com seguro na Serra

Mulher é presa acusada de matar marido para ficar com seguro na Serra

Adriana Simora Heuller não trabalhava. As investigações apontam que ela matou Márcio Wagner de Jesus para ficar com o seguro de vida e verbas trabalhistas dele

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 12:58

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As investigações apontam que Adriana Simora Heuller matou Márcio Wagner de Jesus para ficar com o seguro de vida e verbas trabalhistas dele. (Polícia Civil)

A Polícia Civil prendeu a mulher acusada de matar o próprio marido a facadas, no dia 30 de maio deste ano, no bairro Costa Dourada, na Serra. Adriana Simora Heuller, de 38 anos, não trabalhava. As investigações apontam que ela matou Márcio Wagner de Jesus, de 48 anos, para ficar com o seguro de vida e verbas trabalhistas dele, que atuava no Porto de Vila Velha

Mulher é presa acusada de matar marido para ficar com seguro na Serra

De acordo com o delegado Daniel Fortes, adjunto da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, logo após o crime, Adriana fez a liberação do corpo na DHPP. No local, ela contou que o marido havia saído para trabalhar no Porto de Vila Velha por volta de 4h30 do dia 30 de maio, mas não retornou para casa.

O corpo foi encontrado por populares pela manhã, em uma área de mata nas margens da Rodovia Audifax Barcelos, em Costa Dourada, na Serra - mesmo bairro em que a vítima morava com a mulher. Márcio levou oito facadas, sendo uma na cabeça, outra no pescoço, e o restante na direção do tórax. 

PERÍCIA CRIMINAL

No local do crime, a perícia criminal concluiu que o homem havia sido morto há cerca de oito horas. Ou seja, por volta das 3 horas da madrugada. Além disso, os peritos perceberam que Márcio havia sido arrastado até o local com a ajuda de uma canga feminina e vestia apenas cueca. 

"Os familiares da vítima indicaram à polícia que o a autora do crime seria a mulher de Márcio, para ficar com o seguro dele. Também recebemos denúncias anônimas afirmando a mesma acusação. Chamamos a mulher para prestar depoimento, mas ela desapareceu, o que provocou desconfiança", conta o delegado.

Com um mandado de busca a apreensão, a polícia foi até a residência do casal, onde outra perícia foi realizada. Ao chegarem, os peritos notaram que a casa estava muito limpa e com dois ventiladores ligados, mesmo vazia, como se tivesse sido abandonada as pressas.

Com a ajuda de um reagente, os peritos descobriram manchas - já limpas, semelhantes a sangue. Após levarem material para análise, foi constatado que tratava-se de marcas do sangue da vítima. O exame aponta ainda material genético de uma mulher e um homem, indicando que o crime foi praticado na casa da vítima por pelo menos um casal. 

Os peritos localizaram também, nos fundos da residência, uma cama de casal queimada. 

PRISÃO

Com base nessas contradições e denúncias, a polícia conseguiu um mandado de prisão para Adriana. Ela foi localizada em uma praça do bairro Campo Grande, em Cariacica, onde estava vivendo na casa de um irmão. Apesar de negar a autoria do crime, a polícia não tem dúvida que ela matou o marido.

"Ela entra em várias contradições. Além de dizer que o marido foi morto na rua depois de 4h30, sendo que a perícia aponta que ele foi esfaqueado em casa por volta das 3 horas, localizamos uma testemunha que afirma ter sido procurada por Adriana com a proposta de matar Márcio. Esse homem conta que Adriana ainda pediu que o marido fosse morto em uma simulação de assalto. Mas a testemunha negou participar do caso", conta o delegado. 

Adriana foi autuada por homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Ela foi encaminhada ao presídio Feminino de Bubu, em Cariacica. Agora, a polícia continua as investigações para localizar um possível cúmplice da acusada. 

O OUTRO LADO

De acordo com o advogado de defesa de Adriana, Marcelo Nogueira, a suspeita nega qualquer participação no crime. “Ela estava dormindo no momento em que tudo aconteceu. Além disso, o corpo foi encontrado em outro local que não a casa”, relatou.

Nogueira pontuou ainda que as marcas de sangue encontrados pela polícia com ajuda de uma substância detectou sangue de uma mulher e homem. “Pode ser sangue dela porque é a casa onde ela mora, mas não necessariamente é do crime, pode ser de outra situação”, contou.

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O advogado destacou ainda que a vítima tinha muitos inimigos. “Pode ter sido qualquer pessoa, ele arrumava muita confusão. Uma vez eles tiveram que mudar de casa por conta de problemas assim”, disse.

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