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Ministério Público denuncia jovem que atirou em namorada no ES

Ministério Público denuncia jovem que atirou em namorada no ES

No dia 2 de novembro, Nicolas dos Santos Peruzo, de 22 anos, entrou armado na casa da namorada, Tayná Roberta, e, após uma discussão, deu um tiro – que perfurou o pulmão da universitária

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 18:40

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Nicolas dos Santos Peruzo, de 22 anos, na delegacia após atirar na namorada
Nicolas dos Santos Peruzo, de 22 anos, na delegacia após atirar na namorada. (TV Gazeta)

Preso por atirar na namorada, a estudante de odontologia, Tayná Roberta, de 26 anos, Nicolas dos Santos Peruzo, de 22 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vila Velha, pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e tentativa de feminicídio triplamente qualificado (por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e por violência doméstica). 

O MPES afirmou que solicitou que Nicolas seja citado para responder à acusação, e comprovada a imputação, seja pronunciado e julgado perante o Tribunal do Júri. A denúncia foi recebida pela Justiça, que manteve a prisão preventiva do acusado. Ele está no Centro de Detenção Provisória de Viana II.

"O processo segue em tramitação e o MPES atua para obter a condenação do denunciado, a partir das provas colhidas durante as investigações e incluídas nos autos processuais", disse o órgão por meio de nota.

Ministério Público denuncia jovem que atirou em namorada no ES

Polícia Civil informou que o fato foi investigado por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) e relatado à Justiça no dia 20 de novembro. 

Entenda o caso

Nicolas dos Santos Peruzo, de 22 anos, universitário de Odontologia, que na época era assessor do vereador de Vitória Duda Brasil (União), foi preso após dar um tiro na namorada em Vila Velha, no dia 2 de novembro. A jovem teve o pulmão perfurado pelo disparo.

O pai de Tayná relatou à Polícia Militar que Nicolas e um amigo chegaram ao local por volta das 6h. Em seguida, a dupla subiu até o quarto da jovem, onde se iniciou uma discussão. Logo depois, ele escutou o barulho de tiro. Ela foi internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória.

"O tiro que ele efetuou foi no lado direito, na altura do ombro, e atingiu o pulmão. Chegamos ao local e nos deparamos com a vítima no segundo andar da casa, baleada", afirmou o cabo Gildeone, em entrevista para a TV Gazeta.

Ainda segundo o relato do pai, os dois suspeitos desceram correndo do segundo andar do imóvel, mas ele entrou em luta corporal com o namorado da filha e tomou a arma das mãos dele. A dupla conseguiu fugir, mas Nicolas foi localizado pela PM em seguida. Ele chegou a dizer que estava com a mão machucada porque tinha sido vítima de um assalto. 

Arma na casa da namorada

Vídeos disponibilizados pela família e obtidos pela TV Gazeta (veja abaixo) mostram o homem armado na casa da vítima, cerca de um mês antes do crime. Familiares que conversaram com o repórter André Falcão, da TV Gazeta, disseram que, no dia da filmagem, Nicolas informou que a arma de fogo era de brinquedo. No entanto, segundo o pai da estudante, foi com essa arma que ele atirou na estudante.

Parentes disseram que o casal se conheceu na faculdade, e que ambos estão no sexto período do curso de Odontologia. Afirmaram ainda que Nicolas era considerado uma pessoa de confiança da família.

Exonerado

No dia 6 de novembro, Nicolas dos Santos Peruzzo foi exonerado da Câmara de Vitória. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Casa.

Alta médica

No dia 5 de novembro, Tayná Roberta recebeu alta médica e voltou para a residência da família, onde mora com os pais. Ela não precisou passar por cirurgia no período em que esteve internada e que, apesar de ter recebido alta, deve continuar sendo acompanhada pelos médicos. O pai da vítima afirmou que Tayná foi atingida por um disparo, que entrou acima do pulmão. O projétil atravessou o corpo da jovem e foi parar na parede do quarto dela.

Em conversa com o repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, quando a jovem ainda estava internada, o pai dela afirmou que a estudante precisou ser dopada porque queria fugir da unidade de saúde, tamanho era o medo dela. Devido ao trauma, a jovem, mesmo dentro do hospital, ela continuou com receio de ser morta.

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