Publicado em 16 de agosto de 2018 às 21:39
A mãe do garoto Artur Moura Silva, de 5 anos, morto após ser agredido pelo próprio pai em Dores do Rio Preto, na Região do Caparaó, foi presa pela Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (16). O menino chegou a ser levado para o Pronto Socorro de Guaçuí, onde morreu, na quarta (15), mas não resistiu aos ferimentos. >
Segundo a Polícia Civil, Luane Monique de Moura Silva, de 28 anos, também foi autuada por homicídio duplamente qualificado - por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima assim como o pai da criança, Adeildo Souza da Silva, 26. Os dois foram encaminhados no final da tarde ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim.>
Ela afirma que não bateu, mas presenciou o crime e não tomou nenhuma providência, afirmou o delegado de plantão de Alegre, Carlos Vitor de Almeida Silva. Em depoimento à polícia, o acusado disse que matou o filho após "ouvir vozes". Artur foi agredido pelo pai pelo menos duas vezes desde o último domingo (12).>
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Até o início da noite, o delegado não havia recebido o laudo cadavérico com a causa da morte do garoto. O caso agora segue sob investigação da Delegacia de Dores do Rio Preto.>
O corpo da criança foi liberado nesta tarde do Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim e será velado em Divino de São Lourenço, onde vivem os avós maternos de Artur. O enterro será no cemitério municipal, às 9 horas de sexta-feira (17). >
VIZINHOS PRESENCIARAM AGRESSÕES>
A mãe do menino, Luane Monique de Moura Silva, inicialmente contou à Polícia Militar que Artur estava se queixando de dores pelo corpo há dois dias e que não sabia explicar a origem das marcas. Depois, confessou que o companheiro dela, Adeildo Souza da Silva, agrediu o filho do casal pela primeira vez no domingo e depois nesta quarta-feira. Ela alegou para o delegado que não contou nada pois foi ameaçada.>
Apesar da declaração, os vizinhos afirmam que já presenciaram cenas de agressão entre a mãe e a criança. Ela sempre bateu no menino e na menina. Onde ia, do nada, batia nos filhos. Uma vizinha pediu para meu marido levar a criança no médico, dois dias atrás, pois estava passando mal. Logo veio a mulher de moto, com a criança enrolada na coberta, todo mole. A mãe disse que não ia levar ele para hospital, disse Branca Moura.>
Uma menina de sete anos, enteada de Adeildo, também morava com o casal e o irmão. A garota foi entregue pelo Conselho Tutelar de Dores do Rio Preto aos cuidados do pai biológico. Segundo o conselho, ainda não há indícios de que ela também tenha sido agredida, mas está sendo acompanhada por especialistas.>
Outra vizinha da família, dona Eunice Romão de Moura também contou que via agressões da mãe de Artur. Ele (pai) era muito bom para o menino e a menina. Já ela, vi muitas vezes bater neles. Eu vi isso acontecer. Era pancada mesmo, afirma a dona de casa.>
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