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Justiça mantém prisão de bancária acusada de sexo com garoto

Justiça mantém prisão de bancária acusada de sexo com garoto

O caso está sob segredo de justiça, pois a vítima é menor de idade

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 15:12

Bancária, que estava com o adolescente dentre do carro, foi flagrada pela polícia Crédito: Reprodução/Câmeras de Videomonitoramento

A Justiça determinou a prisão preventiva da mulher acusada de estuprar um menino de 13 anos no último sábado, no Morro do Moreno, em Vila Velha. A prisão em flagrante da bancária Andrea Martinez, 46, foi convertida em preventiva na audiência de custódia realizada neste domingo. O caso está sob segredo de justiça, pois a vítima é menor de idade.

Andrea foi presa em flagrante, após um pedestre denunciar que ocupantes de um carro estavam fazendo sexo. No local, policiais constataram a violação sexual, dentro de uma Mitsubishi ASX, onde ela e o menino de 13 anos estavam.

O menino contou que estava na praia vigiando carros com um amigo quando a bancária os convidou “para namorar”. Ele aceitou e o colega não. A acusada está no Centro Prisional Feminino, em Cariacica. Não há acusações anteriores contra ela.

As imagens da câmera de videomonitoramento mostram o momento da abordagem. A bancária saiu enrolada numa toalha do carro. Ela chegou a se vestir e, minutos depois, a viatura da Polícia Militar chegou ao local. Assista o momento da abordagem da polícia.

INVESTIGAÇÃO

O delegado Lorenzo Pazolini, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) confirmou que também será investigada a informação dada pelo menino durante seu depoimento de que há casos anteriores de estupro em sua família.

“Isso também está sendo averiguado”, afirmou o delegado. Não há registros de denúncias anteriores sobre essas acusações.

O delegado confirmou que o menino está muito abalado. “Chorou muito, foi encaminhado para atendimento psicossocial e nós vamos acompanhar esse início agora, até como forma de apoio.”

TERCEIRO CASO EM CINCO ANOS

O caso do menino de 13 anos estuprado no Morro do Moreno, em Vila Velha, é o terceiro em cinco anos a chegar à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), segundo o delegado Lorenzo Pazolini, titular da delegacia.

Ele diz que em 99% dos casos o agressor é do gênero masculino. “Não é comum. Há uma aceitação social maior. As famílias acabam por não procurarem a polícia quando a vítima é menino ou quando a vítima é do gênero masculino”, avalia o delegado.

De qualquer forma, no caso da bancária, a ação criminosa está caracterizada, como destacou o delegado. “Então não há dúvida nenhuma de que a conduta é criminosa. Isso é importante ser ressaltado. Qualquer contato sexual com menores de 14 anos caracteriza estupro de vulnerável”, defendeu o delegado.

Um dos casos citados por Lorenzo Pazolini é de uma madrasta que estuprou o enteador de 13 anos. “Ela foi indiciada e está respondendo também”, informou o delegado. O outro caso é de uma mulher que estuprou um menino de 12 anos.

"O abusador está em todas as classes sociais, independentemente de nível sócio econômico e cultural. Podemos lembrar da prisão de advogado, de gerente geral de instituição bancária e e religiosos", declarou Pazolini. "O caso demonstra que o pedófilo é alguém acima de qualquer suspeita, que tem ocupação lícita, trabalha, tem família, convive em sociedade, mas abusa de crianças e adolescentes", destacou.

Pelo Código Penal, mesmo que uma pessoa menor de 14 anos tenha aceitado o contato sexual, o ato é criminoso e considerado estupro de vulnerável, com pena de oito a 15 anos de prisão, se o agressor for condenado pela Justiça.

Denúncias de abuso sexual podem ser feitas para o telefone 181.

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