Repórter / mmferreira@redegazeta.com.br
Publicado em 16 de julho de 2025 às 18:42
A Justiça do Espírito Santo determinou a prisão preventiva de dez pessoas envolvidas com a organização criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV). O magistrado ainda proibiu que o advogado e um familiar de um dos réus entrassem em unidades prisionais. Duas delas já foram presas em Porto Seguro, na Bahia, nesta quarta-feira (16), durante a segunda fase da Operação "Todo Mundo em Pânico", do Ministério Público do Espírito Santo.
Dentre os crimes imputados estão os de integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Os autos tramitam perante a 4ª Vara Criminal de Serra. Além das prisões, outros cinco mandados de prisão preventiva foram cumpridos nas unidades prisionais capixabas. Quatro pessoas denunciadas permanecem foragidas. Durante as ações, a quantia de R$ 24.750 foi apreendida.
Todas as ordens aconteceram após denúncia do MPES que encontrou provas, durante a operação, de que líderes presos do PCV ainda comandam de dentro dos presídios. As solicitações dos suspeitos chegavam a outros faccionados por meio de ‘recados’ repassados por advogados e parentes.
Um dos presos foi identificado como sendo um dos principais fornecedores de drogas e armamento em grandes quantidades para o PCV.
O agora detento também prestava outros serviços relacionados ao tráfico, bem como por possuir vínculo com criminosos do Comando Vermelho (CV), associação criminosas sediada no Rio de Janeiro. O outro preso estava foragido do sistema prisional mineiro desde 2022.
O processo foi guiado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do MP, para identificar os delitos de integrantes do PCV que agem de forma organizada e contínua, planejando e executando crimes, em especial o tráfico de entorpecentes na Serra, bem como para colher provas das atividades criminosas de seus membros.
A segunda fase da ação foi cumprida nesta quarta para cumprimento dos mandados, que incluíam cinco apreensões em municípios de Serra, Belo Horizonte e Nova Era, em Minas Gerais, e em Teixeira de Freitas e Mucuri, nas cidades baianas. Ao todo, R$ 24.750,00 em espécie e uma balança de precisão foram recolhidos.
Além dos dez réus, outras duas pessoas tinham sido denunciadas pelo MP. A operação integrou Polícia Militar, MP, Secretarias de Justiça, Secretaria de Segurança Pública e Polícia Rodoviária Federal capixabas, mineiras e baianas.
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