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GPS em viaturas vai agilizar atendimentos a ocorrências no ES

GPS em viaturas vai agilizar atendimentos a ocorrências no ES

A Sesp criou um comitê de Tecnologia da Informação (TI) para implantar essa e outras tecnologias

Publicado em 3 de maio de 2019 às 18:12

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As viaturas da Polícia Militar no Espírito Santo vão passar a ter GPS para facilitar o deslocamento dos veículos até os locais de crimes no Estado. A determinação da compra dos equipamentos foi publicada no Diário Oficial do Estado (DIO) nesta sexta-feira (03), mas ainda não há previsão certa de quando o sistema vai começar a operar.

Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), que criou um comitê de Tecnologia da Informação (TI) para implantar essa e outras tecnologias, hoje quando há um crime em uma região específica, o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) aciona o rádio para saber qual viatura está próxima.

GPS em viaturas vai agilizar atendimentos a ocorrências no ES

O secretário de segurança, Roberto Sá, explica que a ideia é que o Ciodes já saiba, por meio do GPS, onde as viaturas estão e deslocar o veículo mais próximo, para agilizar o atendimento. “O comando operacional precisa saber onde o recurso está para despachar e para atividades correcionais também”, explicou.

Além de viaturas, outras equipes também trabalharão com GPS, como policiais de bicicletas, a pé ou a cavalo. Todos terão equipamento. “Imediatamente o contato com a viatura vai continuar sendo por rádio, mas no futuro o acionamento da equipe será feita por meio do aplicativo. Vai ser mais rápido e mais efetivo, com o aproveitamento do efetivo, com a otimização. Vai deslocar o que está mais perto e não mais longe. Vai ajudar a ter uma informação mais precisa também”, pontuou.

APLICATIVOS

A Sesp prevê nos primeiro quatro anos de governo a instalação de diversas tecnologias, todas, no entanto, ainda sem prazo para sair do papel. Entre elas está a elaboração de um aplicativo, também utilizando o GPS, para mapear visualmente quais áreas tem mais crimes, para que os policiais saibam exatamente os melhores locais para patrulhamento.

Hoje existe, graficamente, alguns destes dados. Porém geograficamente, com a localização exata de ruas e pontos específicos, ainda não, de acordo com Roberto Sá. “Vou conseguir saber se a viatura está patrulhando os locais de maior incidência de crime. Quando tenho as duas plataformas, o mapa termal e onde a viatura está passando, eu posso cruzar esse dado. Posso pegar o relatório de uma viatura específica e saber onde ela está passando nas últimas 24 horas, por exemplo. Tenho embaixo disso, o mapa de calor. Será que ela passou onde deveria? Hoje não tenho essa informação”, declarou.

TESTES

Testes já estão sendo realizados para a instalação do mapa “termal” dos crimes. “Estamos em uma área, que ainda não podemos informar. Precisamos viabilizar o sistema para ter esse mapa. Hoje não há necessidade de informar exatamente onde aconteceu o crime. Se acontece algo na Reta da Penha, por exemplo, preciso saber exatamente em qual altura, em qual número. Isso não é feito hoje”, explicou.

POLÍCIAS CIVIL E MILITAR

O sistema ao qual o secretário se referência terá duas ramificações, hoje já em curso, mas não atualizados por falta de equipamentos e softwares: Baon (Batalhão Online, voltado para a PM) e Deon (Delegacia Online, voltado para a Polícia Civil). No caso da PM, os policiais terão mapas de calor onde acontecem mais crimes - com as localizações exatas - e onde devem patrulhar. A Polícia Civil terá mais dados para poder investigar.

O acesso à esses aplicativos será restrito aos agentes e não para toda a população. Uma outra modernidade que pode ser implementada é a possibilidade de policiais não precisarem ir até a delegacia mais próxima de plantão para fazer um boletim de ocorrência, em casos em que não há presos ou apreensões. Tudo seria feito pelo celular, evitando o deslocamento desnecessário.

CERCO ELETRÔNICO

Outra tecnologia que o Governo do Estado pretende implantar no Espírito Santo é o cerco eletrônico, já existente em Vitória. O sistema reconhece placas de veículos roubados, por meio de uma base de dados e câmeras instaladas em vários pontos - com isso recuperando veículos e reconhecendo criminosos que poderiam cometer outros crimes com esses carros ou motos.

Nenhum dos projetos do comitê criado pelo governo, que envolve, além das polícias outros órgãos, tem prazo para sair do papel. Valores de investimento também ainda não foram informados, porque muitos dos sistemas estão sendo estudados e devem ser colocados em prática no período de quatro anos, durante o governo.

CRIMINALIDADE NO ESTADO 

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O Estado vem registrando quatro meses de redução nos crimes de homicídio doloso e contra o patrimônio. Em Cariacica e Aracruz, no entanto, as estatísticas ainda chamam atenção. Em Cariacica, por exemplo, onde um homicídio é registrado a cada 30 horas, o secretário atribui a violência ao "microtráfico", que segundo Roberto Sá, envolve a disputa do comércio de armas e drogas por gangues.

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