Publicado em 2 de abril de 2018 às 13:37
O rapaz preso por atirar em um administrador após um acidente de trânsito seguido de perseguição em Jardim da Penha, Vitória, na tarde deste domingo (01), foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana na manhã desta segunda-feira (02) depois de fazer exame de corpo de delito no Departamento Médico Legal (DML).>
A transferência de Gustavo Simonassi, 22 anos, para o Centro de Triagem foi marcada por confusão no DML, já que os familiares do jovem não queriam que as equipes da imprensa filmassem ou fotografassem Gustavo no camburão. A mãe dele disse que o filho atirou por medo de ser agredido.>
Após passar a noite no Hospital São Lucas por causa de dores na região do quadril causadas pelo capotamento, Gustavo foi ouvido pela polícia durante a madrugada na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).>
Ele foi autuado por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo, disparo em via pública, dano ao cofre de viatura e posse de droga para uso pessoal. Na saída do exame de corpo de delito, o rapaz gritava que o que ele fez foi para se defender. Indignada, a mãe de Gustavo, uma empresária, tentou agredir um repórter da TV Capixaba.>
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"MEU FILHO NÃO É BANDIDO">
A empresária, que não quis divulgar seu nome, entrou em contato com a redação do Gazeta Online para dar a versão da confusão deste domingo.>
"O meu filho estava passando em Jardim da Penha e ele colidiu com o carro (onde estava o administrador), esse carro não amassou e ficou só a marca da tinta no parachoque do veículo. Ele (o filho) chegou a parar o carro, mas, em seguida, deixou o local com medo porque o carro começou a segui-lo. Como ele não conhece o local muito bem, entrou na contramão e bateu em uma Tucson", contou.>
A mãe de Gustavo afirma ainda que, no momento em que o filho capotou com o carro, um motociclista, dois homens e o administrador, que estava em um Chevrolet Tracker, foram para cima do rapaz para agredi-lo. "Ele, por medo, voltou ao carro e pegou a arma e deu tiros para cima. Ao abaixar a mão, pode ter acontecido um disparo (que atingiu a perna do administrador). Meu filho não é criminoso, ele pediu para que chamasse a polícia após o acidente", revelou a empresária.>
Sobre o filho andar com a arma no carro, sem ter porte, a empresária alegou que a família está sendo ameaçada. Há um tempo atrás nós vendemos um carro e essa pessoa não pagou. E essa pessoa passou a nos ameaçar. Inclusive, em uma audiência de conciliação, fui orientada a me mudar. Me mudei e não divulgo o meu endereço para ninguém. Tenho ocorrência registrada por conta dessas ameaças. Meu filho não é bandido, só fez isso para preservar a vida dele e da pessoa que estava com ele no momento", ressaltou.>
Com relação às outras passagens do filho pela polícia, a empresária afirmou que só existe uma, justamente por causa dessa ameaça que a família vive.>
Sobre a acusação de que teria tentado agredir um repórter no DML, na manhã desta segunda, a empresária se defendeu. "Coloquei uma camisa na frente para que ele não filmasse meu filho, eles que me empurraram, porque eu pedi para que não fotografasse e filmasse ele. Ele empurrou a minha mão. Se eu eu agredi, que ele prove que eu o agredi".>
Por fim, a empresária também acusou os policiais militares que registram a ocorrência neste domingo de omissão de socorro, já que eles teriam demorado para levar o filho dela para o hospital. "Pedi para que eles fizessem alguma coisa ontem e eles disseram que era com a Polícia Civil. "Ele ficou uma média de 4 horas sem ser socorrido. Teve uma luxação na área do quadril. A pessoa que estava com ele ficou com dor no tórax".>
Com informações de Mayra Bandeira>
"FOI AJUDAR O CARA E ELE SAIU ATIRANDO">
O irmão do administrador baleado na coxa ao tentar socorrer um motorista que capotou com o carro na Rua Amélia Tartuce Nasser, em Jardim da Penha, Vitória, na tarde deste domingo (1º), contou que o rapaz que dirigia o Hyundai HB20 sacou uma arma e já saiu atirando. "Ele (administrador) saiu correndo e se abaixou por entre os carros, está todo ralado porque se arrastou no chão".>
Ainda de acordo com o irmão, a esposa do administrador estava na direção do carro e a vítima seguia no banco de trás com a filhinha. "Ele parou para prestar socorro porque até então não sabia o que estava acontecendo. Nisso que ele desceu do carro, o cara saiu atirando. Ele mandou a esposa correr, porque estava com a filhinha no carro. Ele falou assim com ela (esposa) dá ré, vaza, vaza".>
O administrador Plinio Ceolin Filho, de 38 anos, foi socorrido para um hospital particular de Vitória.>
A CONFUSÃO>
Um acidente de trânsito terminou com um homem baleado na tarde deste domingo (01), no bairro Jardim da Penha, em Vitória. Segundo informações da Polícia Militar, após bater em outros carros e capotar, o motorista do veículo Hyundai HB20, Gustavo Simonassi, atirou em um administrador que tentou socorrê-lo.>
Segundo a Polícia Militar, antes de capotar com o carro, Gustavo bateu em outros veículos na Rua Amélia Tartuce Nasser. Em um dos veículos, um Chevrolet Tracker, branco, estava o administrador Plinio Ceolin Filho. O carro era conduzido pela esposa dele. Após a batida, o casal, que estava com a filha de 5 anos no veículo, seguiu atrás do Hyundai na tentativa de anotar a placa do veículo.>
Durante a perseguição, eles presenciaram o acidente e o administrador desceu do carro . De acordo com testemunhas, o motorista do HB20 já saiu do veículo atirando contra o administrador. Foram diversos disparos, mas apenas um atingiu a vítima, que ficou ferida na coxa.>
BARULHO ENSURDECEDOR>
O aposentado Robson Feres, que estava com o carro estacionado na rua, também teve o veículo atingido pelo HB20. Ele estava deitado quando ouviu o barulho do carro capotando. "Foi um barulho ensurdecedor. Quando olhei da janela o carro estava tombado e nem imaginei que tinha batido no meu. Eu vi o cara correndo atrás do rapaz e atirando. Pensei até que ele tinha matado o cara, disse.>
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