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Filha de mulher assassinada em Cariacica não para de chamar pela mãe

Filha de mulher assassinada em Cariacica não para de chamar pela mãe

A criança não fica mais sozinha nos cômodos da casa. A família vai buscar ajuda médica

Publicado em 18 de setembro de 2019 às 21:26

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Maiara de Oliveira Freitas foi assassinada na frente da filha. (Reprodução/TV Gazeta/Instagram)

Depois de presenciar o assassinato da mãe, a filha de Maiara de Oliveira Freitas, de apenas 4 anos, mudou o comportamento e não para de chamar pela mãe. Maiara foi assassinada onde morava, em Cariacica, por dois homens que fingiram ser policiais e invadiram a casa da operadora de telemarketing, no dia 11 de setembro. 

Filha de mulher assassinada em Cariacica não para de chamar pela mãe

De acordo com um familiar que preferiu não se identificar, a filha de Maiara passa o dia chamando pela mãe, e, além disso, a criança não consegue mais ficar sozinha nos cômodos da casa. “Ela não quer mais ficar sozinha nos ambientes”, pontuou.

O familiar de Maiara destacou ainda que banho, que era a atividade de a criança estava aprendendo a fazer sozinha, a menina já não faz mais. “Ela não consegue mais ficar no banheiro sozinha”.

"Ainda não procuramos auxílio profissional como um psicólogo porque ainda estamos nos organizando com a perda de Maiara", desabafou.

De acordo com a Polícia Civil, até o momento nenhum suspeito foi detido, e o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).

O CASO

Fingindo ser policiais, dois bandidos encapuzados invadiram a casa da vítima, agrediram um morador e mataram Maiara na frente da filha dela. A operadora de telemarketing foi assassinada no dia 11 deste mês, no bairro Antonio Ferreira Borges, em Cariacica.

Familiares contaram à Polícia Civil que os criminosos pularam o muro do imóvel por volta das 4h. Armados, eles arrombaram uma porta e invadiram o quarto do pai da vítima.

Eles acordaram o morador, disseram ser policiais e agrediram ele com coronhadas na cabeça. Depois, ordenaram que ele ficasse no quarto e seguiram para o quarto de Maiara.

 

A vítima foi retirada do cômodo e executada a tiros na frente da filha, de 4 anos. A menina não ficou ferida. Os criminosos fugiram e a polícia foi acionada.

SUSPEITA DE VINGANÇA

Familiares contaram que a vítima morava no bairro há duas semanas. Ela não tem passagem pela polícia.A suspeita é de que a operadora de telemarketing tenha sido morta por vingança.

Há cerca de um ano, o namorado dela foi morto no bairro. Ela teria ajudado a polícia na investigação e foi ameaçada por isso. Ela se mudou para Minas Gerais e tinha retornado Antônio Borges havia14 dias.

 

REPERCUSSÃO

No mesmo dia em que o crime aconteceu, o deputado estadual Capitão Assumção (PSL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para oferecer R$ 10 mil para quem matasse o suspeito de ter assassinado a jovem. 

"[Tenho] R$ 10 mil aqui do meu bolso pra quem mandar matar esse vagabundo, isso não merece tá vivo não. Eu tiro do meu bolso quem matar esse vagabundo aí. Não vale dar onde ele tá localizado não, tem que entregar o cara morto, aí eu pago”, disse o deputado durante fala no plenário.

FAMÍLIA SE PRONUNCIOU

Depois da declaração do deputado, um parente de Maiara, que preferiu não se identificar, disse que a violência não é o caminho para justiça diante do abalo e sofrimento que a família está vivendo depois do crime.

Ainda de acordo com o familiar de Maiara, a intenção do deputado Assumção pode ter sido de ajudar, mas a alternativa foi incorreta.

“Sei que há pessoas que concordam com o deputado. Acho que ele quis ajudar do jeito dele. Os assassinos saíram da casa dela comemorando e isso é uma a atitude horrível. Pessoas que não têm remorso de tirar a vida do outro sem pensar duas vezes. Todos estão em pânico”, finalizou.

 

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