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Familiares de mortos em baile do mandela prestam depoimento

Familiares de mortos em baile do mandela prestam depoimento

Os dois jovens foram assassinados em um baile funk clandestino no bairro 1º de Maio, em Vila Velha

Publicado em 27 de janeiro de 2019 às 20:27

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Jamerson e Ramon eram amigos e estavam juntos pouco antes de serem mortos . (Reprodução )

Familiares de Jamerson Silva Souza, 25 anos, e Ramon Carlos Freitas Santana, 26 anos, fizeram a liberação dos corpos no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, no final da manhã deste domingo (27). Eles também prestaram depoimento no Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os dois jovens foram assassinados em um baile funk clandestino no bairro 1º de Maio, em Vila Velha, entre o final da madrugada e o início da manhã deste domingo. Outras 11 pessoas ficaram feridas com os disparos, realizados por um homem que surgiu de dentro de um carro.

Quem fez a liberação do corpo de Ramon foi o pai dele, que afirmou que o jovem trabalhava com ele em um comércio. Ele era vendedor e, de acordo com o pai, muito querido pelos clientes.

O comerciante, no entanto, não sabia dizer se o jovem tinha algum envolvimento com o tráfico de drogas e que o filho não morava com ele. “A gente fica surpreso, mas agora não tem jeito. Nada do que for feito não resolve nada”, disse.

Ramon era morador do bairro Andorinhas, em Vitória, e morava com a mãe. Ele era amigo de Jamerson, o outro atingido pelos disparos. Em um vídeo, postado em uma rede social já de dia, um pouco antes de serem mortos, os jovens aparecem juntos, curtindo a música no meio de um multidão de pessoas.

O irmão de Jamerson também estava na DHPP com o pai prestando depoimento. Segundo ele, o jovem era motorista de aplicativo há cerca de cinco meses e usava um carro alugado para trabalhar. Ele também não soube explicar se Jamerson tinha algum tipo de relação com o tráfico de drogas. “Era um cara tranquilo, morava comigo e mais minha irmã. Não sei dizer o que pode ter acontecido”, declarou.

Segundo o irmão, a família também morou no bairro Andorinhas há cerca de oito anos e agora está no bairro Maria Ortiz, mas pela proximidade entre as regiões, Jamerson tinha muita relação com os amigos, incluindo Ramon.

SUSPEITA DE BRIGA ENTRE GANGUES

Investigadores da Polícia Civil que estiveram no local do crime, afirmaram que a suspeita é que Jamerson e Ramon tenham sido mortos por causa da disputa do tráfico de drogas no Bairro da Penha.

Horas depois da morte dos dois no "baile do mandela", em Vila Velha, dois homens encapuzados invadiram o estacionamento de um hospital particular de Vitória e assassinaram Fabrício Bello Alvarenga, de 22 anos. Fabrício foi morto pelas costas. A Polícia Militar afirmou, em nota, que os casos tem relação. 

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A facção criminosa do Bairro da Penha é a mesma apontada pela polícia como responsável pelas três mortes no morro do Moscoso, em Vitória. São os traficantes desta facção que estão escondidas na mata, usando roupas camufladas e armas de grosso calibre, como fuzis e metralhadoras, para aterrorizar comunidades inteiras e expandir o comércio de drogas. (Com colaboração de André Falcão)

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