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ES na mira de megaoperação contra tráfico, lavagem de dinheiro e disputa de territórios

ES na mira de megaoperação contra tráfico, lavagem de dinheiro e disputa de territórios

Foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e 43 de prisão, e foi solicitado o bloqueio de R$ 100 milhões e o sequestro de bens dos investigados

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 09:07

 - Atualizado há 2 horas

Megaoperação Zimmer realizada pela Polícia Civil da Bahia tem alvos no Espírito Santo
Megaoperação Zimmer realizada pela Polícia Civil da Bahia tem alvos no Espírito Santo Crédito: Divulgação | Polícia Civil Bahia

Espírito Santo está entre os alvos de uma Megaoperação Zimmer, deflagrada nesta quinta-feira (11), que resultou na prisão de 38 suspeitos de integrar um grupo criminoso envolvido com tráfico de drogas, crimes patrimoniais, lavagem de dinheiro e disputa de territórios em seis estados do Brasil. Entre os presos está um capitão da Polícia Militar da Bahia, Mauro Grunfeld, suspeito de participar de um esquema de compra e venda de armas que abastecia facções criminosas na Bahia.

As informações são do g1 Bahia. A ação está sendo realizada pela Polícia Civil baiana, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), que cumpriu 50 mandados de busca e apreensão, 43 de prisão e solicitou o bloqueio de R$ 100 milhões e o sequestro de bens dos investigados. A megaoperação conta com o apoio das polícias Militar e Federal. 

No Espírito Santo, pelo menos uma mulher de 27 anos, identificada como Gleice Shirley Lima Simões, foi presa no bairro Planalto, em Linhares, no Norte, de acordo com informações da Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc) do município. Contra ela havia um mandado de prisão, expedido pela 3ª Vara Criminal de Salvador (BA), por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Ela foi surpreendida em casa, quando se preparava para fugir. A Gazeta procurou a Polícia Civil capixaba para saber se houve mais prisões no Estado, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.

As investigações começaram após três pessoas serem presas com quase uma tonelada de drogas em outubro de 2023, de acordo com o g1 Bahia. Na época, parte do material foi encontrada em um quarto do hotel de luxo Astron, que fica na Avenida Tancredo Neves, em Salvador (BA). Outra parte estava em um condomínio de alto padrão, no bairro de Jauá, na cidade de Camaçari, também na Bahia.

A polícia informou que uma complexa associação criminosa foi identificada durante as apurações. O grupo é apontado como responsável pelo abastecimento, produção e preparação de entorpecentes, como também a utilização de pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores movimentados.

Ainda segundo o g1 Bahia, a suposta participação do capitão Mauro Grunfeld no esquema de compra e venda de armas que abastecia facções criminosas na Bahia foi revelada por meio de conversas em aplicativos de mensagens. As informações foram interceptadas pela Polícia Federal, em investigação conjunta com o Ministério Público do Estado (MP-BA).

Salário de R$ 8 mil e ostentação nas redes sociais

O g1 Bahia apurou que Mauro Grunfeld é oficial da PM há 17 anos e recebe salário fixo de R$ 8 mil. Como bens, declarou apenas ser proprietário de um apartamento, estimado em R$ 700 mil, e possuir R$ 20 mil no banco, em conta poupança. Seu estilo de vida, no entanto, era luxuoso. Nas redes sociais, o capitão da PM exibia fotos em iates, passeios em restaurantes caros e viagens a destinos turísticos badalados, como a Ilha de San Andrés, na Colômbia.

A suposta participação de Mauro no esquema de compra e venda de armas que abastecia facções criminosas na Bahia foi revelada por meio de conversas em aplicativos de mensagens. As informações foram interceptadas pela Polícia Federal, em investigação conjunta com o Ministério Público do Estado (MP-BA).

* Com informações do g1 Bahia.

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