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Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 13:06
- Atualizado há 10 meses
Uma enfermeira foi agredida pela acompanhante de um paciente no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), no bairro Forte São João, em Vitória, na madrugada desta sexta-feira (7). A moça, segundo a profissional, estava questionando sobre um médico não estar disponível, momento em que partiu para cima da trabalhadora da unidade. >
Em entrevista ao repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, a enfermeira disse que estava na sala dela, quando, por volta de 4h30 da madrugada, a acompanhante começou a bater na porta. "Abri para ver o que estava acontecendo, ela queria saber do médico, pois ela havia sido informada de que o médico estava dormindo. Informei para ela que o setor que ela buscava era em outra portaria. Ela não aceitou, veio até mim, me xingou, bateu no meu rosto", revelou. Ela pediu para não ser identificada.>
A enfermeira contou que os seguranças contiveram a agressora e que a Polícia Militar foi chamada. Em nota, a corporação informou que a mulher foi conduzida pela equipe à 1ª Delegacia Regional, onde foi confeccionado o Termo Circunstanciado de Ocorrência. "Ela foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo quando solicitado". >
As duas foram até o Instituto Médico Legal (IML) e passaram por exame de corpo de delito. "Disseram que eu preciso fazer o corpo de delito e vamos ser chamadas em juízo para talvez acontecer alguma coisa. A sensação é de impunidade, porque não é que eu deseje nada de mal para ninguém, mas ela fez o que fez e está saindo por aqui (do IML) como eu. Tive crise de ansiedade, desencadeou várias outras coisas, medo de trabalhar", relatou a enfermeira.>
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X.
Enfermeira agredidaEm nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que "uma enfermeira foi agredida pela acompanhante de um paciente. Um segurança da instituição estava presente no momento e conteve a agressora. A Polícia Militar foi acionada, esteve no local e levou os envolvidos para prestar depoimento. A enfermeira formalizou o boletim de ocorrência, recebeu todo suporte e acolhimento por parte da instituição e segue sendo acompanhada".>
Questionada se a acompanhante havia sido autuada, a Polícia Civil informou que "não atuou na referida ocorrência. O Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado pela PMES. Embora a conduzida tenha sido levada até a estrutura física da Delegacia, o atendimento foi realizado integralmente pela PMES".>
O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) enviou um posicionamento sobre o caso.>
"A Enfermagem não pode mais suportar o cenário de violência constante no seu ambiente de trabalho. Além de baixos salários e da sobrecarga de trabalho, agora temos que lidar com situações que colocam a nossa integridade física e vida em risco. O Coren-ES exige que medidas sejam tomadas urgentemente para garantir a segurança, o respeito e a dignidade dos profissionais que dia após dia lidam com situações de extrema pressão. O Coren-ES cobrará das autoridades competentes, mas também das instituições da saúde, medidas concretas para garantir que cenários como esses não se repitam", disse o diretor do órgão, Douglas Lírio Rodrigues.>
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