Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 20:30
Um despachante foi preso acusado de ajudar criminosos a adulterar carros roubados e também falsificar documentos na região da Grande Vitória e Guarapari. O acusado, Juracy Phillipe Tavares, 34 anos, foi detido pela Polícia Civil em uma das lojas de placas dele, em São Cristóvão, Vila Velha. Outros quatro despachantes também devem responder pelos crimes por terem ajudado Juracy, repassando a senha de acesso ao sistema do Detran.>
Segundo o delegado Ricardo Toledo, da Divisão de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV/DEIC), Juracy já era investigado desde 2018. Em maio passado, ele foi proibido administrativamente pela Justiça de realizar processos de renovação de placas, mudança de proprietário e demais atribuições envolvendo veículos que cabem à função de despachante. Juracy é acusado de falsificar documentos públicos, sinais identificadores e inserção de dados falsos no sistema do Detran. Segundo a polícia, Juracy manteve a prática da atividade de forma irregular até dezembro do ano passado.>
"Desde maio, porém, ele passou a usar senha de outros despachantes para manter a atividade, pois precisava acessar o sistema de dados do Detran e pagava por esses acessos com essas senhas", observou o delegado. Cada processo, ilícito ou lícito, que Juracy realizava com o uso da senha de outros despachantes, ele pagava entre R$ 20 e R$ 50 ao dono do dado.>
Toledo explicou que Juracy repassava dados, por meio da senha que ele tinha autorização para usar, de veículos encomendados por criminosos. "Ele buscava informações de carros semelhantes aos que os ladrões haviam roubado, repassa os dados e uma nova placa era produzida, para que o carro roubado ou furtado pudesse percorrer as vias correndo menor chances de ser identificado como irregular", explicou o delegado.>
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A pedido do delegado, a Justiça expediu um mandado de prisão contra Juracy, que foi preso na última terça-feira. "Juracy é um risco para a ordem pública e por isso ficará preso durante o processo, pois não respeita decisões judiciais nem administrativas. Mesmo com um ordem judicial, sob pena de prisão, ele continuou atuando", disse Ricardo Toledo.>
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OUTROS ENVOLVIDOS>
Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil também identificou uma pessoa que contratou os serviços dessa associação criminosa para falsificar a nota fiscal de um motor para regularizar o veículo no Detran-ES. O órgão será informado sobre o ocorrido, o processo será cancelado, o veículo apreendido e o suspeito responderá por falsificação de documento público e inserção de dados nos sistemas informatizados.>
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