Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 15:52
De vários empregos em Dubai, nos Emirados Árabes, para uma morte trágica em decorrência do vício do crack na Serra, na Região Metropolitana de Vitória, Espírito Santo. Essa é a história do tunisiano Makram Raddaqui, 33 anos, morto com um tiro em decorrência de vingança, no dia 29 de dezembro, no bairro São Geraldo.>
Segundo o titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra, Rodrigo Sandi Mori, Makram tinha uma vida estabelecida em Dubai - onde, além de falar sete idiomas, atuava como DJ, compositor e massagista - mas veio ao Espírito Santo para se encontrar com um primo que não conhecia.>
No Estado, ele acabou viciado em crack, bebidas alcoólicas e acabou perdendo a filha e a esposa, que estão na Tunísia. "Isso é exemplo do que a droga leva e destrói sonhos. É um cara que tinha tudo e conseguiria um emprego onde ele quisesse no mundo. A morte dele está até hoje em todos os jornais de Dubai e da Tunísia porque ele era muito querido lá", afirmou Sandi Mori.>
Makram Raddaqui chegou a ter emprego fixo no Espírito Santo, mas acabou como lavador de carros na frente da UPA de Carapina, onde usava o dinheiro para comprar entorpecentes. A família tentou de todas as formas tirá-lo da rua e planejava vir ao Brasil para levá-lo para a Tunísia, mas ele acabou morrendo antes, completou o delegado.>
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Segundo as investigações, a morte da vítima, na madrugada do dia 29 de dezembro, foi em decorrência de uma vingança. Makram teria pedido o autor do crime, Marivam Coutinho de Souza, de 46 anos, oferecer crack a um suposto policial perto da UPA de Carapina, ocasião em que Marivam levou uma surra do homem.>
Revoltado, Marivam armou para matar Makram. De madrugada, no bairro São Geraldo - vendo que o tunisiano não tinha feito dinheiro para comprar crack - o acusado chamou a vítima para usar a droga em um terreno abandonado, ocasião em deu três tiros em Makram, sendo que somente um acertou na região da axila.>
Marivam foi preso e confessou o crime na tarde deste domingo (5). Depois da morte, a embaixada da Tunísia entrou em contato com a gente, assim como os familiares. Inicialmente o corpo dele estava sem identificação, completou o delegado.>
O criminoso também vende drogas e declarou que mudou o plantão para o domingo porque sabia que a polícia estava atrás dele. Marivam tem passagens por porte ilegal de arma, furto, tentativa de homicídio, homicídio e já ficou preso por 19 anos. O corpo de Makram foi para a Tunísia no dia 18 de janeiro, cerca de 20 dias depois do crime.>
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