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Comemoração de aniversário em bar de Vitória vira caso de polícia

Comemoração de aniversário em bar de Vitória vira caso de polícia

A estudante Kathleen Pagani acusa seguranças do estabelecimento de terem agredido dois amigos dela durante uma festa de aniversário

Publicado em 30 de julho de 2018 às 20:45

Crédito: Reprodução | Facebook

O que era para ser um momento de comemoração terminou em confusão em um bar de Vitória, no início da madrugada do último domingo (29). A estudante Kathleen Pagani, de 27 anos, acusa os seguranças do estabelecimento de terem agredido dois amigos dela durante uma festa de aniversário. Ela ainda machucou um dedo e teve que passar por uma pequena cirurgia.

Em entrevista ao Gazeta Online, a jovem contou que estava no bar com amigos e familiares para comemorar o aniversário do irmão. Ao cantar parabéns, um dos seguranças teria confundido a confraternização com uma confusão e partiu para cima de um dos convidados. "Na hora de bater parabéns, eles começaram a brincar, pular e abraçar o meu irmão. Um funcionário entendeu que aquilo seria uma confusão, entrou no meio e começou a agredir um dos meninos. Na hora juntou um monte de gente em cima dele porque não tinha justificativa para aquilo", disse à reportagem.

Segundo Kathleen, os seguranças levaram o amigo para dentro de uma sala, onde ele teria sofrido mais agressões. "Até que esse mesmo rapaz (nosso amigo que foi agredido) foi levado pelos seguranças para uma sala anexa ao estabelecimento a fim de ser 'acalmado'. Nisso, o irmão dele viu e foi junto. Na sala, os dois sofreram agressões, até que fossem interrompidos por mais amigos nossos que foram ajudá-los', relatou a jovem em um post no Facebook.

Crédito: Reprodução | Facebook

Na tentativa de tirar os convidados do cômodo para onde foram levados, a estudante foi até a sala, mas a porta estava trancada. "Fui pelo lado de fora e vi pela greta da porta a confusão. Por ali eu comecei a gritar e pedia para abrirem a porta. Um funcionário disse: 'Tem uma mulher lá fora'". Ela disse que um dos seguranças chegou a abrir a porta, mas logo fechou e acabou prendendo o dedo dela. "O funcionário que abriu a porta me viu machucada e ainda falou: 'Caramba, machucou a mão dela' e o outro só falou: 'Tudo bem'".

A jovem alega que os funcionários do estabelecimento foram negligentes. Ela afirmou que teve que ir dirigindo o próprio carro até ao hospital em Cariacica. "O que mais me deixou triste por conta disso tudo foi o fato de que ninguém prestou socorro. As pessoas começaram a falar que eu estava bêbada, mas eu nem bebi porque estava dirigindo". 

Kathleen registrou um boletim de ocorrência na polícia e pretende entrar com um processo contra o bar. "Foi a primeira e a última vez que vou lá. Tinha uns três anos que eu não entrava em boate e resolvi ir por causa do meu irmão, porque eu nem bebo", finalizou.

Na segunda-feira e terça (31), a reportagem tentou contato por telefone e WhatsApp com o bar Let's Steak e Beer, mas não teve retorno.

"UM SEGURANÇA ENFORCOU O MEU IRMÃO"

O almoxarife Lucas Ferreira Campos, de 19 anos, é um dos amigos de Kathleen que estavam no bar. Ele contou que foi agredido por um fotógrafo do estabelecimento e por seguranças. "Ele achou que a gente estava brigando e veio pra cima da gente, falando que ali não era lugar pra acontecer isso".

O jovem afirmou que o irmão dele, Cleiton Ferreira Venâncio, de 31 anos, teve um corte na testa devido à agressão. "Ele acabou agredindo o meu irmão e abriu uma brecha na testa dele. Pegaram um papel sujo do chão para limpá-lo. Não deram nenhum tipo de atendimento".

Ao ser levado para uma sala, Lucas alega que o irmão foi enforcado por um dos seguranças. "Chamaram a gente para uma sala e, chegando lá, um rapaz enforcou o meu irmão e disse que a gente estava exaltado, mas a gente estava conversando. Eu tentei puxar o meu irmão, mas acabei caindo no chão e os seguranças começaram a me chutar muito".

Na última segunda-feira (30), Lucas também compareceu à 1ª Delegacia Regional de Vitória para registrar um boletim de ocorrência. Ele foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para realizar um exame de corpo de delito.

Assim como Kathleen, o jovem também pretende processar o estabelecimento. "Já vi gente falando que já aconteceu outras vezes a mesma situação. Isso não pode acontecer de novo", finalizou.

 

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