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Caso Isadora: um ano após assassinato, padrasto não foi julgado

Caso Isadora: um ano após assassinato, padrasto não foi julgado

Menina foi estuprada e torturada até a morte; padrasto foi preso dentro de uma caçamba de lixo, mas até hoje não foi julgado

Publicado em 19 de maio de 2018 às 01:05

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Fabiane Isadora Claudino. (Reprodução)

Um ano depois de ser preso acusado de estuprar e torturar até a morte a enteada de dois anos, Fabiane Isadora Claudino, o acusado do crime Michael Lelis, 28 anos, ainda não foi a julgamento. 

O crime aconteceu na noite de 18 de maio de 2017, mesma data do Dia de Nacional de Combate ao Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes, dentro da casa da família, em Cariacica.

Michael estava com a bebê enquanto a mãe dela, a cuidadora de idosos Maria Izabel Costa Claudino de Almeida, 22 anos, trabalhava. Quando chegou em casa à noite, a mãe percebeu que a menina não se mexia e correu para o pronto-socorro.

O casal levou a menina para o Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica. Lá, Fabiane teve três paradas cardíacas. Ao ser avisado de que o estado de saúde da criança era gravíssimo e que era preciso levá-la para o Hospital Infantil, em Vitória, o padrasto desapareceu.

Às 22h, Fabiane deu entrada no Hospital Infantil de Vitória e foi entubada. Na manhã de sexta, a menina teve uma nova parada cardíaca e morreu às 23h.

No dia 19 de maio de 2017, começou a correria da Polícia Civil para localizar Michael Lelis. O caso foi parar na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). “As buscas foram intensas e sem hora. Pedimos à Justiça um mandado de prisão temporária que foi prontamente atendido”, contou delegado da DPCA, Lorenzo Pazolini.

Michael só foi preso no sábado, dia 20, à noite, depois de passar a noite em um motel, em Cariacica. Ele foi preso dentro de uma caçamba de lixo, onde tentou se esconder dos policiais.

Michel Lelis, acusado de matar a enteada de 2 anos, foi preso pela polícia dentro de caçamba de lixo. (Reprodução)

“Eu estava na comemoração do meu aniversário e seguimos para lá, onde também se dirigiu uma equipe da DHPP. O caso nos deixou muito chocados devido à crueldade do autor e também porquê não queríamos outro caso Aracelli, em que os autores nunca foram localizados”, comentou o delegado que ainda chefia a DPCA, um ano depois.

Desde então, Michael Lelis continua preso na Penitenciária Estadual de Vila Velha, como confirmou a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus).

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo não informou em qual fase tramita o processo e nem se há data marcada para julgamento. O processo segue em segredo de Justiça.

ENTREVISTA COM O PADRASTO

Crédito: Glacieri Carraretto

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